"É isso mesmo que faz falta, que os Costas [o primeiro-ministro e o ministro da tutela] acordem para o estado da Educação em Portugal e façam alguma coisa para salvar a escola pública e dignificar a carreira docente", disse um dos professores.
Com direito a "encore", o tema "Acordai" foi entoado por um grupo de professores do Conservatório de Música Calouste Gulbenkian, de Braga, e contou com a "participação musical" de muitos dos outros docentes presentes na manifestação, que culminou frente à Câmara de Braga.
Apesar da chuva persistente, e até porque "manifestação molhada é manifestação abençoada", os professores não desmobilizaram e durante cerca de duas horas fizeram ouvir os seus protestos nas ruas mais centrais daquela cidade.
"Quem ensina a voar não pode rastejar" era uma das frases mais ouvidas, a par de "o tempo congelado é para ser contado".
Outros manifestantes reclamavam ainda o fim das quotas no acesso aos 5.º e 7.º escalões.
"Respeito" era, no entanto, a palavra transversal a todos.
"Roubaram-nos o pão e agora querem-nos dar migalhas, mas não é com migalhas que nos vão comprar", assegurava um dos muitos sindicalistas presentes, aludindo às últimas conversações com o ministro da tutela.
Segundo fontes do Sindicato dos Professores do Norte (SPN) e da PSP, a manifestação juntou cerca de um milhar de pessoas.
Os professores estão a cumprir, desde segunda-feira, uma greve por distritos, sendo hoje o dia de Braga.
O SPN refere que a greve contou com a adesão de cerca de 90 por cento dos mais de 10 mil professores do distrito.
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