Desde 2020 que a irlandesa Jean Tighe, na altura com 38 anos, está desaparecida. Natural de Cavan, a mulher terá sido vista pela última vez a sair de um hostel na Parede, em Cascais. Desesperada, a família apelou ao governo irlandês para que intervenha no caso, acusando as autoridades portuguesas de não ter investigado o desaparecimento com seriedade.
A irlandesa, que estaria a viver em Portugal há alguns meses, terá deixado o hostel a 13 de julho daquele ano para se encontrar com um amigo brasileiro, desaparecendo sem deixar rasto. A denúncia foi feita pelo namorado que, entretanto, morreu.
A família acredita que as autoridades portuguesas não investigaram o caso com seriedade, uma vez que não analisaram as imagens das câmaras de segurança no perímetro do hostel, nem entrevistaram qualquer funcionário, diz o Irish Mirror. Por seu turno, o Independent.ie apontou que estas informações foram obtidas por um investigador contratado pela família, e não pelas autoridades portuguesas.
Foi também encontrado um segundo telemóvel no quarto da mulher, que terá sido levado por alguém.
“Estamos muito frustrados com a investigação policial. Não sabemos dela há dois anos e meio e não temos ideia de onde está. Só sabemos que deixou o hostel para se encontrar com um amigo brasileiro”, disse a irmã, Leona, ao Irish Mirror.
“A polícia continua a dizer-nos que ela tem o direito de desaparecer. Três turistas que desapareceram depois dela estão na lista de desaparecidos”, completou, acrescentando que as autoridades portuguesas não colocaram Jean nessa lista por não quererem alertar potenciais suspeitos.
“Foi-nos dito que a polícia local não fará mais, a não ser que o governo a pressione. Urgimos o governo irlandês para que intervenha”, disse.
A mulher revelou ainda que a sua família está “destroçada e devastada”, uma vez que “algo de terrível poderá ter acontecido”.
As autoridades irlandesas asseguraram estar a cooperar no caso.
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