Em declarações à agência Lusa, o comandante da Polícia Marítima (PM) de Sines, Luís Filipe Duarte, disse que a operação foi retomada esta manhã, sensivelmente a partir das 07:40, e envolve, no mar, uma embarcação e uma moto de água da Estação Salva-Vidas de Sines.
Para as buscas em terra, acrescentou, foram mobilizados "elementos da PM, apoiados por um drone, bem como elementos dos bombeiros da autoridade portuária".
Segundo o também comandante da Capitania do Porto de Sines, "o perímetro de buscas" foi hoje alargado "ligeiramente para norte", onde se inclui uma "zona de areal".
Contudo, as buscas subaquáticas estão suspensas devido às condições do mar.
"Estamos ainda a equacionar voltar a efetuar buscas subaquáticas com mergulhadores, à semelhança do que foi feito ontem [domingo], embora, neste momento, as condições do mar não permitam" realizar essa operação, explicou à Lusa.
De acordo com Luís Filipe Duarte, o alerta foi dado, no sábado à noite, "por volta das 21:00", pela namorada deste praticante de pesca submarina, residente em Ericeira, no concelho de Mafra, no distrito de Lisboa.
"Normalmente, [a vítima] enviava uma mensagem à namorada quando entrava e quando saía da água e essa mensagem a dizer que tinha saído nunca chegou", revelou o comandante, explicando que, após o alerta, foram logo mobilizados vários meios para o local.
As autoridades iniciaram as buscas "por água e por terra", nessa mesma noite, e localizaram a viatura do homem, a qual se encontrava "nas imediações do cabo de Sines, [zona] correspondente com o local onde eventualmente teria efetuado o mergulho", indicou o comandante.
Durante as operações foi também encontrada a "prancha de apoio", localizada "numa pedra a cerca de 500 metros da orla costeira", disse, precisou, indicando que foi detetado "algum material utilizado na pesca submarina" pertencente ao pescador desaparecido.
"Essa prancha estava fundeada no local onde, este domingo, concentrámos as buscas subaquáticas com mergulhadores, mas que, até agora, não deram qualquer resultado", lamentou.
O mar "aparenta estar calmo, mas tem alguma ondulação com alguma força que rebenta nos afloramentos rochosos e isso não cria condições mínimas de segurança para fazer mergulho" naquele local.
"Se, durante o período da tarde, as condições melhorarem, continuaremos com as buscas subaquáticas", garantiu.
O comandante Luís Filipe Duarte adiantou ainda à Lusa que o Gabinete de Psicologia da Polícia Marítima esteve no local, no domingo, "a acompanhar os familiares" do desaparecido e vai manter-se esta segunda-feira, "se eventualmente os familiares se deslocarem" para a zona onde se concentram as buscas.
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