A proprietária do espaço que ardeu no sábado, na Mouraria, em Lisboa, garantiu que o "contrato era para uma loja" e que cobrava "750 euros".
Em declarações à CNN Portugal esta segunda-feira, sem querer revelar a identidade, referiu que, por não ser de Lisboa, não estava a par de que o local teria sido subalugado e servia de alojamento.
"Fiz o contrato e fomos embora", denotou, acrescentando que só soube que o espaço servia de alojamento devido ao incêndio.
Naquele local moravam 14 imigrantes.
Na noite de sábado, um incêndio deflagrou num prédio no bairro lisboeta da Mouraria, provocando dois mortos, de nacionalidade indiana, e 14 feridos, todos já com alta hospitalar.
O incêndio no edifício, habitado essencialmente por cidadãos indianos, afetou 25 pessoas, 24 residentes e um não residente, deixando 22 desalojados, além da morte de dois cidadãos indianos, um dos quais um jovem de 14 anos.
De acordo com a Proteção Civil Municipal, o prédio poderá ser habitado "quando infraestruturas forem repostas" uma vez que ainda "não dispõe de infraestruturas elétricas nem de gás".
Ainda assim, o edifício "estruturalmente não foi afetado".
"O edifício estruturalmente não foi afetado [...]. Neste momento, não reúne condições de habitabilidade, porque não dispõe de infraestruturas de energia elétrica, nem de gás", afirmou Carlos Lopes Loureiro, do Serviço Municipal de Proteção Civil de Lisboa, em declarações aos jornalistas, junto a este prédio na Mouraria, após concluídos os trabalhos de vistoria.
Doze pessoas desalojadas na sequência do incêndio vão ser alojadas na próxima noite numa pensão pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
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