O reitor do templo mariano, padre Carlos Cabecinhas, afirmou, no 44.º encontro de hoteleiros e responsáveis de casas religiosas que acolhem peregrinos, em Fátima (Santarém), que a JMJ "marcará a vida do Santuário de Fátima ao longo deste ano", como "marcará a vida de Fátima, sobretudo naqueles meses de julho e agosto, não contando com as preparações que serão necessárias fazer".
"Julho e agosto não temos dúvidas de que serão dois meses em que a JMJ terá um impacto direto em Fátima", considerou, salientando a presença do Papa na Cova da Iria (pela primeira vez não coincide com um dia 13 de maio) e adiantando que o templo se está a preparar para o receber e "para acolher muitos outros peregrinos, não só os jovens", mas para estes "haverá uma resposta adequada", para terem "uma experiência particularmente rica e intensa".
"Queremos sublinhar o sentido da peregrinação e, por isso, criámos itinerários para chegar a Fátima a pé, para que os jovens que queiram fazer uma peregrinação a pé a Fátima o possam fazer, com distâncias que variam entre um máximo de 15 quilómetros e um mínimo de cinco quilómetros", referiu.
Entre outras iniciativas, o santuário vai possibilitar itinerários para conhecer o templo do ponto de vista patrimonial e espiritual, 'workhops' e diversas propostas de reflexão e oração, mas também celebrações onde possam estar envolvidos.
Por outro lado, o santuário está a preparar uma "aldeia jovem", onde podem ser compradas refeições económicas no período que antecede ou se segue à JMJ, e está ainda a organizar uma exposição interativa que vai estar na capital portuguesa por ocasião do evento.
Já na peregrinação de 12 e 13 de maio, o santuário vai contar com a presença dos símbolos da JMJ que, estando na Diocese de Leiria-Fátima, vão ser integrados nas celebrações da Cova da Iria.
Aos jornalistas, Carlos Cabecinhas declarou-se convicto que a JMJ de Lisboa vai trazer "milhares de jovens a Fátima", assinalando que a JMJ de Madrid, em 2011, "trouxe milhares de jovens" à cidade-santuário, "pela proximidade".
"Causa sempre estranheza falar-se de proximidade em relação a Madrid, mas quando pensamos em muitos jovens que vêm de outros continentes, de facto trata-se de uma grande proximidade", notou.
Segundo o responsável do santuário, há "já a perceção que há muitos jovens que vão optar por ficar em Fátima ou nas imediações de Fátima", devido à distância de Lisboa.
"Portanto, muitos dos grupos e alguns grupos muito numerosos vão sediar-se nesta área e vão a Lisboa com os seus meios, com os autocarros, para participar nas atividades da jornada", referiu.
"A presença de jovens tem um particular significado no sentido de fazer chegar a mensagem de Fátima aos jovens e no sentido também de percebermos que estes jovens, se fizerem uma experiência feliz em Portugal e em Fátima, regressarão e, portanto, serão potenciais peregrinos do futuro", observou.
O reitor adiantou que, com a Câmara de Ourém, o Santuário de Fátima está a tentar articular "uma série de respostas, nomeadamente no que tem que ver com as possibilidades de deslocação", incluindo a criação de bolsas para autocarros que permitam depois o acesso ao centro da Cova da Iria ou desde a estação ferroviária de Caxarias, também no concelho de Ourém.
Espaços-tenda para acantonamento de jovens que transportam saco-cama e espaços para acampamento, para aqueles que trazem tendas, são outros exemplos do trabalho em curso com a autarquia.
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