O Comando Metropolitano de Lisboa da Polícia de Segurança Pública (PSP) anunciou, esta segunda-feira, que, na sequência de uma investigação relacionada com a prática de furtos em estabelecimentos comerciais de norte a sul do país entre outubro de 2022 e a presente data, deteve sete pessoas, de nacionalidade portuguesa e espanhola.
Em comunicado, a força de segurança explica que "identificou um grupo organizado de pessoas, que durante os anos 2019 e 2020, praticaram diversos furtos em lojas de bicicletas de gama alta e lojas de máquinas e ferramentas industriais, com recurso a arrombamento".
Eram roubadas "bicicletas de valor elevado, acessórios para bicicletas e ferramentas industriais".
Num balanço da investigação, a PSP "estabeleceu a ligação inequívoca deste grupo a vários furtos", dos quais resultaram a subtração de artigos de valor superior a 300.000 euros.
A PSP "suspeita ainda que este grupo possa ser responsável pela subtração de bens de valor que ascendem a mais de 1.000.000,00 euros", revela a mesma nota.
As diligências de investigação foram desenvolvidas em estreita colaboração entre a PSP e a Guardia Civil de Sevilha, Espanha, "através da partilha de informações e realização de diligências operacionais em ambos os países, que culminaram nas diversas detenções efetuadas".
Na investigação conjunta das autoridades foi apurado que o grupo agora detido, "utilizava veículos de grande capacidade de carga, alugados em Espanha, deslocando-se depois para Portugal, onde efetuavam furtos em lojas previamente selecionadas, transportando depois o produto dos furtos para Espanha, onde procediam ao seu escoamento".
Durante a investigação, as autoridades conseguiram recuperar, quer em Portugal, quer em Espanha, algumas das bicicletas roubadas, que foram entregues aos seus proprietários, "avaliadas em vários milhares de euros".
A investigação foi dirigida pela 2ª Secção do Ministério Público de Cascais, da Comarca de Lisboa Oeste e contou ainda com a colaboração do Gabinete De Cooperação Internacional do Ministério Público de Sevilha, Espanha, ao abrigo dos mecanismos legais de investigação em vigor na União Europeia, segundo a PSP.
Os detidos, fortemente indiciados pela prática dos crimes de furto qualificado e associação criminosa, foram presentes a interrogatório judicial. Dois deles ficaram sujeitos à medida de coação de prisão preventiva e os restantes a apresentações periódicas, proibição de contactarem entre si e proibição de se ausentarem do território português.
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