Pizarro reconhece "pressão muito grande" nas urgências do Amadora-Sintra

Como explicou o ministro, de momento estão 108 utentes na sala de observações do serviço de urgência do Hospital Amadora-Sintra, quando deviam estar, "no limite, uns 40".

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Ema Gil Pires
28/02/2023 11:33 ‧ 28/02/2023 por Ema Gil Pires

País

Saúde

O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, considerou, esta terça-feira, em declarações aos jornalistas no Hospital Amadora-Sintra, que existe, de momento, "uma pressão muito grande" sobre os serviços de urgência da referida unidade hospitalar.

Como explicou o ministro, de momento estão 108 utentes na sala de observações do serviço de urgência do Hospital Amadora- Sintra, quando deviam estar, "no limite, uns 40". E reconheceu: "isso cria uma pressão muito grande". 

O governante disse ainda, neste sentido, que a tutela está a apostar num "conjunto diferente de medidas", algumas já "em curso", para dar resposta ao elevado fluxo de doentes que tem havido nas urgências hospitalares.

Segundo deu conta Manuel Pizarro, uma delas passa por acelerar as "altas das pessoas que já não estão internadas por indicação médica". Apesar disso, reconheceu, "há problemas estruturais", como é o caso da "insuficiência de lugares de internamento", que requer que novas medidas sejam tomadas.

Medidas essas que podem passar, designadamente, pelo recurso a "outros hospitais que possam dar apoio" a esta unidade hospitalar - com Manuel Pizarro a reconhecer que se pode optar por deslocar doentes caso outros hospitais da região tenham capacidade para receber esses pacientes.

Já no que diz respeito às urgências pediátricas do Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, e ao Hospital do Barreiro, e questionado sobre se estão previstos encerramentos para os próximos dias, o ministro garantiu novamente que, "na próxima semana", será apresentado um "plano para o funcionamento regular das urgências pediátricas em toda a Área Metropolitana de Lisboa (AML)", de forma a colmatar o impacto de ocorrências dessa natureza.

Em causa está um "modelo de atendimento metropolitano" que vai ser criado com o intuito de permitir que seja dada "previsibilidade às pessoas" - e, claro está, tendo em conta a "disponibilidade de profissionais" que existe no Serviço Nacional de Saúde (SNS). A chave passa, elaborou o ministro, por "reorganizar o sistema", tendo em conta os 12 serviços de urgência da AML. 

Mas "isso não significa que não haja, entretanto, outros constrangimentos. E sim, é verdade que, no caso do Hospital de Loures, o encerramento de uma parte dos serviços vai ocorrer mais cedo, simplesmente porque não há disponibilidade de profissionais", apontou o governante.

Questionado sobre a "solução" que o governante apresenta para todos os que necessitem de recorrer a estas urgências pediátricas com encerramentos previstos para breve, Manuel Pizarro destacou que estas pessoas devem recorrer "às que estão abertas", como acontece no Hospital de Santa Maria, no Hospital Dona Estefânia e no Hospital São Francisco Xavier.

Apesar de todo este contexto, o governante considerou que os "serviços de urgência têm feito um extraordinário trabalho para tentar atender as pessoas com qualidade técnica e com humanismo, em condições" que disse serem "muito difíceis".

As declarações de Manuel Pizarro surgem já depois de vários meses de complicações nos serviços de urgência do SNS - que conduziram, inclusive, a sua antecessora, Marta Temido, a apresentar a demissão.

[Notícia atualizada às 12h11]

Leia Também: Pizarro diz que modelo das urgências estará pronto nos "próximos dias"

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