Novo CEMGFA apela a que se dê atenção a "necessidades" dos militares
O novo Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA), general Nunes da Fonseca, apelou hoje a que se dê "a melhor atenção" aos "anseios e necessidades" dos militares, reconhecendo constrangimentos no recrutamento e em recursos financeiros.
© Global Imagens
País Estado-Maior-General das Forças Armadas
"[As Forças Armadas] são reconhecidas pelo seu elevado estatuto moral e patriótico, são instituições seculares credíveis e sempre disponíveis, servidas por pessoas inexcedíveis, às quais se deve prestar a melhor atenção, nomeadamente aos seu anseios, necessidades e realizações", afirmou Nunes da Fonseca, que tomou hoje posse como CEMGFA numa cerimónia no Palácio de Belém, em Lisboa, com a presença do Presidente da República e do primeiro-ministro.
Numa curta intervenção, o general reconheceu que "a nível interno persistem constrangimentos, sobretudo em termos de pessoas para servirem nas Forças Armadas, assim como de recursos materiais e financeiros".
"Constrangimentos que exigirão a procura e a proposta de modos e soluções que melhore adequem as capacidades militares do país às missões com que se compromete", acrescentou.
Na opinião do novo chefe do EMGFA, "importa prosseguir o caminho iniciado de transformação das FA, com consolidação das competências conjuntas e das próprias dos chefes militares, otimizando as complementaridades e respeitando as especificidades dos respetivos ramos" - disse, com os chefes do Estado-Maior da Armada, almirante Gouveia e Melo, e da Força Aérea, general Cartaxo Alves, a ouvi-lo.
O general referiu ainda o contexto atual, "irremediavelmente marcado pelo conflito na Ucrânia" que despertou a atenção para "o papel das FA no contexto das relações entre estados, igualmente da NATO e da União Europeia".
Nunes da Fonseca deixou ainda uma palavra ao seu antecessor, presente na cerimónia, almirante Silva Ribeiro.
"Quero manifestar-lhe franca admiração e um profundo reconhecimento pela clarividência, inconformismo, competência a apurado sentido de serviço publico evidenciados na sua brilhante carreira", disse.
O Presidente da República deu também posse, momentos depois, ao novo Chefe do Estado-Maior do Exército (CEME), general Eduardo Mendes Ferrão, numa curta cerimónia na qual não houve discursos.
José Nunes da Fonseca, foi Chefe do Estado-Maior do Exército desde 19 de outubro de 2018, nasceu em Mafra, em 1961, e ingressou na Academia Militar em 1979. É licenciado em Ciências Militares (Engenharia) e tem um mestrado em Curso de Vias de Comunicação, entre outros.
Entre outros cargos exercidos, a nota curricular indica que, como coronel, foi Comandante da EPE (2005-07), Chefe do Gabinete do General Comandante da Logística do Exército (2007-09) e frequentou o Curso de Promoção a Oficial General (2009/10). Cumpriu duas comissões em operações NATO, a primeira na SFOR (Força de Estabilização NATO), na Bósnia-Herzegovina, em 1998/99, e a segunda na KFOR (Força NATO no Kosovo), no 1.º semestre de 2011, como General Comandante da Força Logística desta operação.
Foi colocado na Guarda Nacional Republicana, de janeiro de 2013 a outubro de 2018 e exerceu as funções de Comandante da Unidade de Controlo Costeiro, de 2013 a 2017, de Inspetor da Guarda, de 2017 a 2018, e de 2.º Comandante-Geral, até à nomeação para o cargo de Chefe do Estado-Maior do Exército, em outubro de 2018.
Já o novo CEME, general Eduardo Mendes Ferrão, nasceu em Lisboa, em 17 de fevereiro de 1962 e tem 42 anos de serviço, estando "habilitado com os cursos curriculares de carreira", entre outros.
No seu percurso militar, "serviu em diversas unidades, estabelecimentos e órgãos do Exército, no Estado-Maior-General das Forças Armadas e no Ministério da Defesa Nacional", salientando-se que em 1985 foi colocado no Batalhão de Infantaria Mecanizado da Brigada Mista Independente, onde desempenhou diversas funções de Comando e Estado-Maior.
Em janeiro de 2022 assumiu as funções de Comandante do Comando do Pessoal do Exército, que desempenhou até março desse ano, altura em que passou a exercer o cargo de Comandante das Forças Terrestres do Exército, até ao momento.
De acordo com a lei, cabe ao Presidente da República nomear e exonerar, sob proposta do Governo, o Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, e os Chefes do Estado-Maior dos três ramos das Forças Armadas, ouvido, neste último caso, o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas.
Leia Também: Marcelo condecora Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com