O secretário-geral da Fenprof considerou, esta quinta-feira, que o ministério da Educação consegue "ir mais longe" nas negociações com os professores.
A afirmação de Mário Nogueira foi feita antes de entrar para a reunião suplementar entre os sindicatos e o Governo, marcada para hoje, para discutir o novo regime de recrutamento e colocação de professores que tem gerado forte contestação, estando agora em cima da mesa a hipótese de greves às avaliações.
"O ministério já devia ter concluindo o processo na última ronda negocial, no final de fevereiro [...]. Entendemos que é possível ir mais longe porque o ministério acabou por se aproximar com o que tem a ver com o regime de concurso mas, no que tem a ver com a gestão dos recursos - e os recursos são humanos, não são físicos nem materiais, são pessoas -, o ministério está a fixar longe de casa, a desterrar milhares de professores e isso não é aceitável. Esta é mais uma oportunidade para podermos levar a bom porto o regime de concursos e uma oportunidade para podermos avançar em outros domínios, como o tempo de serviço e a aposentação", realçou o responsável.
As expetativas de Mário Nogueira são de sair do encontro com "uma proposta de calendarização" para se poder avançar "com a recuperação do tempo de serviço" dos professores. Contudo, isso depende, segundo o sindicalista, da atitude de João Costa.
"Sempre que o ministro fala à comunicação social diz que tem abertura, sempre que fala nas nossas reuniões diz que isso não faz parte do programa do Governo. Temos de ver se o ministro está hoje em dia sim ou dia não", atirou, antes de concluir as suas declarações sobre o encontro.
Recorde-se que o ministro da Educação, João Costa, admitiu que acredita num acordo com os professores, mas não "global".
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