Em comunicado, a PJ adianta que durante o dia de hoje efetuou buscas no lar de idosos, em "estreita colaboração" com a Segurança Social, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) e o delegado de saúde, "por suspeitas de maus-tratos e negligência aos seus utentes".
"No decurso das diligências foi possível verificar que as instalações onde funciona o referido lar se tratam de edifícios vocacionados para a atividade agrícola e que nada tem a ver com o funcionamento de um lar", lê-se na nota.
A PJ refere que foram identificados 27 idosos, "alguns a necessitar de cuidados médicos", que foram encaminhados para unidades hospitalares.
Anteriormente, fonte da PJ tinha indicado à Lusa que um lar clandestino, nas Lagameças, encerrou hoje por falta de condições.
A mesma fonte disse que o lar tinha atualmente 25 utentes, dos quais cinco foram transportadas para o Hospital de São Bernardo, em Setúbal.
Em resposta a questões da Lusa, o Centro Hospitalar de Setúbal confirmou, cerca das 20:00, que deram entrada no serviço de urgência cinco utentes daquele lar, dos quais três já "têm alta clínica" e aguardam resposta da segurança social, enquanto outro "está em observação", com "alta previsível" na sexta-feira.
Um quinto utente "está acompanhado pela família, que está a diligenciar resposta em lar", acrescentou o hospital.
De acordo com a fonte da PJ, dos restantes utentes, uns ficaram ao cuidado de familiares, enquanto outros foram encaminhados para outros lares, acrescentou.
A fonte da PJ revelou ainda que o lar clandestino já estava sob investigação policial há algumas semanas por suspeitas de incumprimento das condições mínimas para o exercício da atividade.
A agência Lusa questionou o Ministério da Segurança Social, mas não obteve resposta até ao momento.
[Notícia atualizada às 20h09]
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