"Obrigado". Centro Ismaili "agradece as mensagens solidárias e de apoio"

Abdul Bashir, um cidadão afegão, matou duas mulheres - Mariana, de 24 anos, e Farana, de 49 - na passada terça-feira, no Centro Ismaili de Lisboa.

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© GlobalImagens/Leonardo Negrão

Notícias ao Minuto
30/03/2023 08:15 ‧ 30/03/2023 por Notícias ao Minuto

País

Ataque em Lisboa

O Centro Ismaili, em Lisboa, onde, na passada terça-feira, duas pessoas foram mortas com uma arma branca por Abdul Bashir, um afegão que foi detido e que está hospitalizado no Curry Cabral após ter sido baleado pela polícia, partilhou, ontem, uma mensagem no Instagram onde "agradece as mensagens solidárias" que têm chegado. 

"Na sequência dos acontecimentos ocorridos no Centro Ismaili, Lisboa, a Comunidade Muçulmana Ismaili agradece as mensagens solidárias e de apoio que nos têm chegado. Obrigado", pode ler-se na publicação. 

Mariana Jadaugy, de 24 anos, e Farana Sadrudin, de 49 anos, foram identificadas como sendo as duas vítimas mortais do ataque. As mulheres portuguesas foram atingidas por Bashir, que entrou na sala onde decorria uma aula, armado com uma faca.

Farana era sobrinha do representante diplomático do Imamat Ismaili em Portugal, Nazim Ahmad, e foi também representante da comunidade ismaelita em Madrid, além de ser formada em Engenharia pela Escola Superior de Tecnologia de Setúbal.

Também Mariana, a outra vítima, trabalhava na fundação. Era licenciada em Ciências Políticas e Relações Internacionais pela Universidade Nova de Lisboa, com um mestrado na mesma área, realizado no Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa. Trabalhou também como voluntária na ReFood durante um ano.

Já o atacante, Abdul Bashir, terá vindo da Grécia para Portugal, depois de ter perdido a mulher num campo de refugiados naquele país. O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, confirmou que o homem, "relativamente jovem", tem três filhos menores, de 9, 7 e 4 anos. 

As crianças estão provisoriamente numa instituição, mantendo o contacto com a comunidade e as rotinas escolares, segundo fonte do Centro Ismaili: "As crianças estiveram ontem a ser acompanhadas no Centro Ismaili por pessoas que as conhecem, por equipa de psicólogos e pela segurança social. A comunidade ofereceu-se para os acolher em famílias".

O diretor nacional da Polícia Judiciária (PJ) afirmou já que "não há um único indício" de que o ataque tenha sido um ato terrorista, admitindo ter resultado de "um surto psicótico do agressor".

As cerimónias fúnebres das duas vítimas principais do ataque serão realizadas amanhã, sexta-feira, de acordo com o semanário Expresso. Farana será velada no próprio Centro Ismaili e Mariana numa igreja, por preferência da família, uma vez que é católica.

Leia Também: Centro Ismaili. Parlamento debate "imigração e segurança" dia 5 de abril

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