"Perante esta atitude do Governo reforçamos a disposição para, no dia 20 de maio, levarmos uma embaixada da Beira Interior a Lisboa", afirma, em comunicado, a Plataforma.
De acordo com o documento, várias autarquias já se disponibilizaram para suportar os custos com os transportes para Lisboa e outras estão a ponderar fazer o mesmo.
A Plataforma sublinha que, após uma reunião, em fevereiro, com o ministro das Infraestruturas, este apresentou uma base de trabalho para uma redução do preço das portagens na ordem do 20%, proposta essa que mereceu "o veemente desacordo [da Plataforma] por insuficiente e não responder a uma perspetiva de eliminação das portagens a curtíssimo prazo no Interior".
"Perante a nossa firme e clara posição, o ministro das Infraestruturas deu conta que se iria realizar a primeira reunião do grupo de trabalho interministerial" para "estudar uma medida, a aprovar ainda no primeiro semestre, e a implementar de imediato, sendo que, em situação alguma, essa medida responderia à nossa exigência", lê-se na nota.
A Plataforma sublinha que a eliminação das portagens nas autoestradas A23, A24 e A25 "é uma urgência e é uma medida de bom senso para a vida económica e social do Interior".
Relembra também que é uma promessa eleitoral feita pelo primeiro-ministro, em campanha eleitoral, e por outros membros do Governo no exercício das suas funções, nomeadamente a ministra da Coesão, "que, publicamente, admitiu uma redução de 50% sobre o valor em vigor já em 2022, o que também não aconteceu".
"Lamentavelmente, as portagens deixaram de fazer parte do discurso dos membros do Governo, em particular do primeiro-ministro, do ministro das Infraestruturas e da ministra da Coesão Territorial.
Perante esta atitude do executivo reforçamos a disposição para no dia 20 de maio levarmos uma Embaixada da Beira Interior a Lisboa", referem.
A Plataforma P'la Reposição das Scut nas autoestradas A23 e A25 integra sete entidades dos distritos de Castelo Branco e da Guarda -- a Associação Empresarial da Beira Baixa, a União de Sindicatos de Castelo Branco, a Comissão de Utentes Contra as Portagens na A23, o Movimento de Empresários pela Subsistência pelo Interior, a Associação Empresarial da Região da Guarda, a Comissão de Utentes da A25 e a União de Sindicatos da Guarda.
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