O Hospital de Faro afastou a médica interna que denunciou, esta semana, 11 alegados casos de erro e negligência médica no serviço de cirurgia geral desta unidade hospitalar.
O diretor do serviço de cirurgia, Martins dos Santos, assinou uma nota interna, citada pelo jornal Público, em que dá conta que a internista só poderá exercer "medicina tutelada, sob a supervisão de especialista", algo que determina o seu afastamento, visto que, no seu serviço admite o médico, "não exercerá mais" porque nem ele nem "nenhum dos cirurgiões a quer tutelar".
Perante isto, a autora das denúncias, Diana Pereira, realçou que a sua intenção já era despedir-se.
"Eu própria também não quero trabalhar num hospital deste tipo. Quando fiz a queixa, a minha intenção era despedir-me de seguida, mas depois achei que não poderia ser prejudicada por toda esta história. Fico à espera da posição da Ordem dos Médicos", salientou a clínica ao Público.
Sublinhe-se que a interna Diana de Carvalho Pereira tornou públicas as suas queixas na Polícia Judiciária, mas também à Ordem dos Médicos, à Entidade Reguladora da Saúde, e à Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) sobre 11 alegados casos de negligência por parte do seu ex-orientador de formação. Destes 11 casos, alega que três resultaram em morte do paciente.
O Ministério Público (MP) abriu um inquérito ao caso e a Entidade Reguladora da Saúde (ERS) e a Inspeção Geral das Atividades em Saúde (IGAS) também estão a investigar.
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