Portugal e Coreia do Sul querem segurança nas cadeias de abastecimento
O primeiro-ministro considerou hoje que Portugal e a Coreia do Sul têm uma posição totalmente coincidente de condenação da Rússia pela guerra na Ucrânia e que os dois países podem contribuir para uma segurança global nas cadeias de abastecimento.
© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images
País António Costa
António Costa falava aos jornalistas depois de ter sido recebido pelo Presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, encontro que durou cerca de uma hora e que foi dominado pela análise de temas económicos e políticos.
De acordo com o líder do executivo português, nas reuniões que teve com o primeiro-ministro sul-coreano, Han Duck-soo, e com o chefe de Estado deste país foram abordados assuntos relativos à segurança na região do Indo-Pacífico e à guerra da Ucrânia.
"Temos uma posição totalmente coincidente quer de condenação da guerra por parte da Rússia, quer de apoio à Ucrânia, quer, ainda, no desejo de que seja possível encontrar um caminho para a paz", apontou.
Na opinião de António Costa, países como a Coreia e Portugal podem ajudar a contribuir para uma situação de equilíbrio, de reforço das cadeias de abastecimento, tendo em vista evitar que se repitam situações após a pandemia da covid-19 ou a guerra na Ucrânia -- "situações em que faltam ou matérias-primas essências ou componentes críticos, designadamente os 'microchips'. Não pode haver uma paragem global da economia", defendeu.
No plano económico, num breve balanço da sua visita, o primeiro-ministro considerou que "foram dois dias de trabalho muito intenso, com contactos com empresas, algumas de forma bilateral direta e outras, hoje, no fórum económico Portugal/Coreia do Sul, o que foi muito importante para dar a conhecer as oportunidades de investimento no país".
"A Europa está a mobilizar fundos importantes sobretudo nas áreas dos semicondutores, baterias ou energias renováveis. E foi importante contar com o testemunho de empresas sul-coreanas que já estão em Portugal. Digo sempre que nunca há melhor discurso a fazer para atrair investimento do que ouvir o relato das empresas que já investiram em Portugal", acrescentou.
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