No apelo à participação no tradicional desfile para comemorar a "Revolução dos Cravos" na Avenida da Liberdade, em Lisboa, a Comissão Promotora das Comemorações Populares enumera as áreas em que é preciso "cumprir Abril", na educação, na saúde, nas condições de vida.
"Para cumprir Abril é preciso investir na Educação, respondendo ao clamor dos seus profissionais de forma a poder aplicar-se efetivamente os desígnios da Escola Inclusiva", lê-se no texto da comissão que inclui a Associação 25 de Abril e mais de 40 organizações e partidos ligados à esquerda, como o PCP, Bloco de Esquerda, PS, mas também as duas centrais sindicais, CGTP e UGT.
Desde o 25 de Abril de 1974, quando os capitães do Movimento das Forças Armadas (MFA) derrubaram uma ditadura com 48 anos, "tem havido avanços e recuos" na construção de "uma sociedade democrática, justa e inclusiva" que se constrói ou desconstrói "conforme as opções de políticas públicas e a capacidade de participação dos cidadãos", acrescentam os subscritores.
Ao longo do texto, são abordados os problemas em áreas alvo de protesto e reivindicações nas ruas, como a educação ou a saúde.
Repetindo a frase "para cumprir Abril é preciso investir", o apelo refere o investimento no Serviço Nacional de Saúde, no combate "à pobreza e o agravamento das desigualdades sociais" ou ainda que é "preciso que a todos seja garantido o direito de acesso à Justiça".
A comissão promotora do desfile que celebra o 25 de Abril de 1974 é composta por todos os partidos da esquerda parlamentar e centrais sindicais, como a CGTP-IN e a UGT, num conjunto de mais de 40 entidades.
Esta comissão, que tem como responsabilidade organizar o tradicional desfile que celebra a Revolução dos Cravos, inclui toda a esquerda, como o Partido Socialista, Partido Comunista Português, Bloco de Esquerda, Partido Ecologista "Os Verdes", o Livre e ainda o Movimento Alternativa Socialista (MAS).
Têm ainda lugar na organização do desfile a Associação 25 de Abril, a Associação Política de Renovação Comunista, a Associação de Aposentados, Pensionistas e Reformados (APRE!), Associação de Exilados Políticos Portugueses (AEP 61-74), a Associação de Combate à Precariedade - Precários Inflexíveis (PI), União dos Resistentes Antifascistas Portugueses (URAP) e a Associação José Afonso (AJA), entre outras.
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