Jovens e com cadastro. Suspeitos em megaoperação usavam força... e MBway
Jovens detidos em megaoperação da PSP em Lisboa serão ouvidos amanhã. Metade deles estaria na mesma residência.
© D.R.
País Lisboa
A Polícia de Segurança Pública (PSP) fez, esta quarta-feira, um balanço sobre a operação que começou de madrugada nas zonas de Lisboa, Odivelas e Oeiras.
Na esquadra de Porto Salvo, em Oeiras, onde os dez suspeitos estão detidos, um responsável da PSP explicou como é que agiam junto das vítimas, nomeadamente o tipo de abordagem feito - nas escolas que frequentavam ou nos transportes públicos.
"Usavam a força física para que as vítimas fornecessem códigos MBway para futuros levantamentos", explicou o comissário responsável em declarações aos jornalistas. Para além de "levarem" as vítimas por forma a conseguirem que estes levantassem dinheiro num multibanco e de ficarem com os valores, os suspeitos retinham ainda com algumas peças de vestuário dos estudantes.
A investigação decorria desde novembro do ano passado e foram vários os lesados pelo grupo. Apesar de salientar que não houve feridos, a mesma fonte nota que "há pessoas que passaram por situações bastante complicadas e que até têm receio de ir à escola".
A operação que culminou em dez detidos - sendo, pelo menos, dois menores de idade - começou às 5h30 desta madrugada, e em causa estavam 12 mandados de busca domiciliária. "Numa delas estavam cinco suspeitos, sem qualquer pessoa responsável", adiantou.
Questionada sobre se algum dos suspeitos tinha cadastro, a PSP referiu que "grande maioria tem percurso policial já com alguma gravidade", explicando que há processos anteriores em que estão envolvidos no Tribunal de Família e Menores.
No comunicado inicial enviado esta manhã às redações, a força policial referia já que estas situações decorriam não só junto das escolas, como também nos transportes públicos. Em conferência de imprensa, a PSP explicou que a maioria das situações decorreu em Oeiras e Linda-a-Velha.
Os dez suspeitos, que têm todos idades até aos 20 anos, serão ouvidos na sexta-feira, no Tribunal de Cascais, estando indiciados pelos crimes de roubo agravado, ofensa à integridade física, posse de arma proibida e, "possivelmente", sequestro - dado a utilização da força física.
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