Costa e os governantes "caídos". 'Caso Galamba' já é falado em Espanha
António Costa queria que a comissão "apurasse todas as irregularidades" na gestão à TAP, mas "talvez não estivesse à espera que tantos membros do Governo pudessem cair pelo caminho", escreve o El País.
© Getty Images
País caso Galamba
A polémica que envolve o ministro das Infraestruturas, João Galamba, o ex-adjunto Frederico Pinheiro, e a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) à gestão da TAP já passou a fronteira e foi notícia em Espanha. O jornal El País afirma mesmo que a comissão “corrompeu o governo socialista em Portugal”.
“Inquérito parlamentar sobre a companhia aérea TAP corrompe o governo socialista em Portugal”, escreve a publicação espanhola, num artigo divulgado esta terça-feira.
O El País lembra que “o primeiro-ministro português, António Costa, deu luz verde, em fevereiro, à criação de uma comissão de inquérito à gestão da transportadora aérea TAP”. O objetivo, recorda, seria “apurar todas as irregularidades”, mas “talvez não estivesse à espera que tantos membros do Governo pudessem cair pelo caminho”.
A comissão de inquérito foi motivada pelo pagamento de uma indemnização milionária à ex-administradora da TAP, Alexandra Reis, que foi depois nomeada secretária de Estado do Tesouro. O caso “abalou” a imagem do então ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, “o principal candidato à sucessão de Costa no Partido Socialista”.
O jornal aborda também as “perguntas e respostas” alegadamente combinadas entre o Grupo Parlamentar do Partido Socialista (GPPS), membros do Governo e a ex-CEO da TAP, Christine Ourmières-Widener, na véspera de uma audição sobre o pagamento da indemnização, em janeiro.
Foi essa reunião (e as notas tiradas na mesma) que levou à exoneração do adjunto do Ministério das Infraestruturas, Frederico Pinheiro, e à polémica que envolve o roubo de um computador do Governo, lembra o El País.
Sublinhe-se que o primeiro-ministro, António Costa, avançou que irá hoje conversar com João Galamba sobre o ocorrido.
Na segunda-feira, o primeiro-ministro considerou que o caso "nem a título de exceção é admissível", mas recusou comentar o comportamento de João Galamba "porque é obviamente legítimo que um ministro demita um colaborador em quem perdeu confiança".
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