Atenção! Há uma nova campanha de burlas com o método "olá mãe, olá pai"
Saiba o que está em causa e o que deve fazer nesta situação.
© MP
País Cibercrime
O Gabinete Cibercrime da Procuradoria-Geral da República alertou para o facto de estar novamente em curso uma campanha criminosa de burlas por meio das redes de comunicações, utilizando o método conhecido como "olá mãe, olá pai".
O Ministério Público (MP) lembra que este método criminoso surgiu em Portugal no outono do ano passado e foi agora identificado "um novo surgimento, com intensidade, de iniciativas criminosas desta natureza".
O esquema consiste no envio de mensagens escritas, por telefone (em geral, por via WhatsApp), para as vítimas. Tais mensagens "são remetidas de forma indiscriminada e massiva, para inúmeros destinatários". Para o efeito, "são usados cartões telefónicos de redes nacionais, frequentemente com o número chamador oculto, ou cartões telefónicos pré-pagos".
Nestas mensagens, os criminosos abordam as vítimas "com o propósito de as convencer de que são seus filhos e perderam, ou danificaram o respetivo telefone, estando por isso a utilizar um número novo, provisório ou emprestado". O processo acaba sempre em pedidos de realização de pagamentos.
Nas mensagens, os criminosos tentam induzir as vítimas em erro. Se a vítima responde a uma primeira mensagem, "acreditando que foi efetivamente remetida pelo sua filha ou seu filho, os agentes criminosos continuam o diálogo, explicando que precisam que a mãe/pai efetue um pagamento". Em alguns casos identificados, segundo o MP, "tal pagamento destina-se à compra de um novo telefone". Noutros, "não são dadas explicações concretas".
Já os pagamentos solicitados variam de acordo com os diversos grupos criminosos que estão na origem destas burlas. "Nalguns casos, as quantias pedidas são mais baixas (foram identificados casos na ordem dos 250 euros), mas noutros são mais avultadas (foram identificados nesta recente campanha casos na ordem dos 3000 euros)", nota o MP.
Quanto ao meio de pagamento, o MP refere que foram identificadas duas formas principais: "alguns dos grupos criminosos fornecem às vítimas referências para pagamento por via do sistema Multibanco" e outros "fornecem um IBAN para realização de transferência bancária".
Em regra, no primeiro caso, os criminosos obtêm referências Multibanco emitidas por entidades estrangeiras, com sede na União Europeia e por isso autorização para intermediar pagamentos em Portugal. Já no segundo caso, os criminosos recorrem aos serviços das chamadas 'money mules', "cúmplices que 'emprestam' a sua conta bancária para receber as quantias em causa, as quais logo de seguida transferem para uma outra conta, ficando com uma pequena comissão".
Segundo o MP, foram identificadas referências bancárias de vários países da União Europeia, nomeadamente Bélgica, Lituânia, entre outros, mas também contas de 'money mules' em bancos portugueses.
O objetivo é enganar "vítimas mais crédulas e menos atentas, utilizando métodos insistentes de convencimento e persuasão". Desta forma, o MP recomenda "que se avaliem cautelosamente as mensagens telefónicas que se recebem".
"Neste caso, não deve responder-se às mesmas, devendo antes tais mensagens ser comunicadas ao Ministério Público ou aos órgãos de polícia criminal", alerta.
Além disso, mensagens deste tipo "devem ser ignoradas, sem se lhe dar qualquer sequência".
Veja na fotogaleria acima alguns dos exemplos destas mensagens.
Leia Também: Constituído arguido homem suspeito de burla em Arronches
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com