Marcelo pede União Europeia atuante e liderante nem nacionalismos
O Presidente da República pediu hoje uma União Europeia "atuante, liderante, mais determinada e determinante do que nunca" e que saiba unir-se pela paz e ser solidária, "sem iliberalismos nem nacionalismos".
© Lusa
País Dia da Europa
Marcelo Rebelo de Sousa deixou esta mensagem numa nota publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet para celebrar o Dia da Europa "e o seu projeto único de unidade e solidariedade".
"Hoje, mais do que nunca, impõe-se que saibamos encontrar inspiração nos que, ao longo das últimas sete décadas, sonharam e ambicionaram uma Europa unida pela paz, pela esperança, pelo bem-estar e futuro de prosperidade para todos os europeus, mas também solidária e acolhedora para os que nos procuram e necessitam do nosso apoio firme", defendeu.
Citando a francesa Simone Veil, primeira mulher a presidir ao Parlamento Europeu, o chefe de Estado afirmou: "O destino da Europa e o futuro do mundo livre estão inteiramente nas nossas mãos".
"A Europa e os milhões de europeus merecem que acreditemos no seu futuro e numa União pioneira -- no clima, na energia, no digital, no conhecimento e em tantas outras áreas cruciais --, e sobretudo atuante, liderante, mais determinada e determinante do que nunca", apelou.
Nesta nota, Marcelo Rebelo de Sousa reiterou o compromisso de Portugal "para com os princípios e valores fundadores" da União Europeia, "a dignidade humana, a liberdade, a igualdade, a democracia, o Estado de direito, o respeito e promoção pelos direitos humanos, o pluralismo, a não discriminação, a tolerância, a justiça social".
Segundo o Presidente da República, "forjada em crises, como vaticinou Jean Monnet, a Europa tem vivido sob o espectro da emergência cíclica", com a pandemia de covid-19, o "embate da inflação" e "a emergência do choque da guerra na Ucrânia" provocada pela invasão russa de 24 de fevereiro do ano passado.
Marcelo Rebelo de Sousa acrescentou que a União Europeia tem enfrentado também "a emergência do alarme nacionalista", um "risco protecionista" e "a emergência do perigo do fechamento político e social".
"Num tempo de incerteza, de imprevisibilidade e de crise, assume de sobremaneira importância garantir que as fortes mudanças em curso na União Europeia, nas suas fronteiras e no mundo mais alargado, não potenciem uma erosão destes valores comuns. Para tal, é vital, sem iliberalismos nem nacionalismos, cuidarmos das nossas democracias, sem as quais não existe União Europeia", considerou.
Segundo o chefe de Estado, "Portugal tem um papel a desempenhar em todos estes desafios" que se colocam à União Europeia.
"O seu cumprimento projetará o nosso país, assegurará o bem-estar do nosso povo, e contribuirá para que a Europa ultrapasse a fase das emergências cíclicas e entre na fase, tantas vezes adiada, de maior autoconfiança partilhada entre Estados e povos", considerou.
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