"A nível de saúde, modo como nos alimentamos é principal causa de morte"

Tiago Luís, coordenador de Alimentação na Associação Natureza Portugal/World Wide Fund for Nature (ANP/WWF), é o convidado desta quinta-feira do Vozes ao Minuto.

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© Associação Natureza Portugal/World Wild Fund

Ema Gil Pires
11/05/2023 09:25 ‧ 11/05/2023 por Ema Gil Pires

País

Vozes ao Minuto

O Centro de Congressos da Alfândega do Porto vai receber, esta quinta e sexta-feira, o XXII Congresso de Nutrição e Alimentação, que pretende debater o tema da ‘Nutrição num Mundo em Mudança’, indubitavelmente marcado pelas consequências das alterações climáticas, da guerra na Ucrânia e da pobreza existente em várias geografias do mundo.

Entre os vários oradores e participantes (inter)nacionais com presença marcada no evento está Tiago Luís, coordenador de Alimentação na Associação Natureza Portugal/World Wide Fund for Nature (ANP/WWF), que é o convidado desta quinta-feira do Vozes ao Minuto.

Segundo explicou o especialista, a “alimentação é o maior ‘driver’ de impactos no ambiente e, também, na saúde humana”, sendo assim necessário “alterar os padrões de consumo” para dar resposta a esta realidade.

Argumentando que “faltam apoios e incentivos para que se adotem práticas mais sustentáveis por parte dos agricultores”, Tiago Luís defendeu ainda que, para existir uma mudança efetiva nos hábitos alimentares dos portugueses, é “preciso haver políticas, até, de regulamentação daquilo que se vende no mercado”.

Muito daquilo que impacta o planeta, também impacta a nossa saúde

O Tiago será um dos oradores do XXII Congresso de Nutrição e Alimentação, a decorrer na cidade do Porto no final desta semana. Por que razão é tão importante discutir o tema da alimentação, aliado ao da sustentabilidade, nos dias que correm?

A alimentação é o maior ‘driver’ de impactos no ambiente e, também, na saúde humana. Os sistemas alimentares são responsáveis por cerca de 80% da desflorestação global, e 70% da água é usada para a produção agrícola. E é, também, responsável pela perda de 70% da biodiversidade em sistemas terrestres e de 50% em água doce, bem como pela emissão de cerca de 29% dos gases com efeito de estufa. 

Em termos de saúde humana, o modo como nos alimentamos é a principal causa de morte. Sabemos que existem muitas doenças ou perturbações com base na alimentação, como a obesidade e o excesso de peso, e facto é que uma em cada três pessoas têm excesso de peso ou obesidade, devido à forma como se alimentam. E também sabemos que uma em cada 12 tem fome ou encontra-se subnutrida. 

É importante, então, fazer uma sensibilização relativamente a estas realidades, principalmente numa altura em que a Humanidade continua a debater-se com as alterações climáticas e com as suas consequências?

Exato, até porque observamos que muito daquilo que impacta o planeta, também impacta a nossa saúde - nomeadamente o excesso de consumo de carne. Colocamos o foco no excesso de consumo de proteína, pois atualmente existe essa tendência, e principalmente na proteína de origem animal, desvalorizando um pouco aquilo que é a proteína de origem vegetal. Se formos a olhar para aquilo de que precisamos para produzir essa proteína de origem animal, sabemos que 82% da terra usada para a produção de alimentos é atualmente utilizada para produção de gado ou de laticínios. Mas se olharmos, depois, para aquilo que garante, em termos de fornecimento de proteína e de calorias, vemos que estamos a usar essa proteína de forma muito ineficiente - porque a proteína animal só contribui com 18% das calorias, em termos de fornecimento global, e 37% em termos de proteína.

Existe, portanto, trabalho a fazer para que os hábitos alimentares da população mundial sejam, eles próprios, mais amigos do ambiente? 

Exatamente. Muitas das soluções, na verdade, que permitem que tenhamos mais respeito pelos limites planetários estão alinhadas, depois, também com as nossas metas em termos de saúde - até porque estamos longe de cumprir as recomendações nutricionais, internacionais e mundiais. Portanto, muitas das soluções que encontramos para o ambiente, nomeadamente alterar os padrões de consumo, ajudam-nos também a ter mais saúde. 

E que soluções são essas?

Algumas dessas mudanças de comportamento incluem, precisamente, a redução do consumo de proteína animal e a sua alteração pela proteína vegetal, e diversificar a alimentação, as fontes de nutrientes. Com isso estaremos a melhorar a nossa saúde e, também, a ajudar a diversificar a produção no terreno, e isso é muito importante. E depois existe toda uma série de recomendações já conhecidas como, por exemplo, consumir mais sazonal, ou mais local. 

Importa dizer aqui, no entanto, que apesar de ser percebido pela população em geral, muitas vezes, que a pegada climática encontra-se muito concentrada na questão do transporte de alimentos, isso não é verdade. Sabemos que, globalmente, o transporte de alimentos contribui apenas para 6% das emissões de gases com efeito de estufa, porque a maioria dos quilómetros percorridos pelos alimentos é feita via barco, que é um transporte que está associado a baixas emissões. As maiores proporções de emissões são principalmente inerentes, precisamente, à produção agrícola, nomeadamente à produção de produtos de origem animal. 

Portugueses estão aptos a que houvesse uma mudança nos preços, no sentido de tornar os alimentos sustentáveis mais baratos e os insustentáveis mais caros

Um estudo de mercado recente, solicitado pelo eurodeputado Francisco Guerreiro e intitulado ‘Hábitos Alimentares Plant Based’, veio revelar que, à data, 33% dos inquiridos pretendia reduzir o consumo de produtos de origem animal num horizonte de seis meses, com 55% da população em estudo a dizer 'talvez' à substituição do consumo de carne por 'carne vegetal'. Como vê estes números?

Estamos com um projeto em curso, o ‘Eat4Change’, que reúne um consórcio de nove países europeus e outros dois da América Latina, cujo objetivo é, precisamente, promover a adoção de dietas mais sustentáveis e levar à mudança de comportamentos, e com um foco, essencialmente, nos jovens europeus. Neste âmbito, temos conduzido vários estudos, e um deles consistiu num inquérito que mostra, precisamente, resultados alinhados com o que referiu. As pessoas têm vontade de mudança, principalmente os portugueses, que se destacam nesses resultados, e gostavam de ver adotadas algumas medidas. Acham que os principais responsáveis são, até, os governos, que estão em falta na adoção das mesmas. Porém, sentem também que existem algumas barreiras, nomeadamente a falta de informação que têm quando pretendem escolher alimentos nos supermercados, mas também o preço. Entendem que estão aptos a que houvesse uma mudança nesses preços, no sentido de tornar os alimentos sustentáveis mais baratos e os insustentáveis mais caros.

Conduzimos ainda outro estudo, cujos resultados lançámos recentemente: um ‘Guia de Consumo de Proteína’. Foi um estudo focado em Portugal, em que olhámos primeiro para aquilo que é o consumo de proteína dos portugueses, e em que explorámos tanto as fontes de proteína animal, como vegetal. No fundo, o objetivo passava por avaliar os impactos associados à produção dessa proteína, tanto a produzida nacionalmente, como a proveniente de importação. Quisemos olhar para os vários modos de produção - convencional, biológica, extensiva e intensiva - e percebemos que o modo de produção é determinante para os impactos sobre o ambiente. Olhámos para três aspetos desses impactos: para as emissões de gases com efeito de estufa, a biodiversidade e o uso de pesticidas. E concluímos que, de uma forma geral, devemos diversificar as fontes de proteína e depois, porque tiveram melhores resultados na generalidade, consumir uma maior porção de fontes de proteína vegetal, e menos de fonte de proteína animal.  

O Tiago focou que existe vontade de mudança, na sociedade portuguesa, para uma adoção de uma alimentação cada vez mais sustentável. Mas existem, no entanto, alguns focos de maior resistência? 

Mudar comportamentos é bastante difícil. E julgo que temos alguns aspetos, culturais e socioeconómicos, que temos de ter em conta quando olhamos para essa resistência, porque ela existe, de facto. Há uns anos, consumíamos muito pouca carne, porque não era acessível à população em geral, ou pelo menos à mais desfavorecida. E, de repente, com a ascensão do poder económico dos portugueses, passámos a consumir muita carne - e até acredito, pessoalmente, que isso confira um certo status social que agora seja difícil de perder. Essa é uma barreira a vencer. Acho que é difícil as pessoas perceberem que consomem carne em excesso e que não é preciso consumir tantas vezes. E que bastava reduzir. 

Aliás, não somos nada adeptos de que se deva eliminar de todo o consumo de carne, porque a produção de carne até tem um papel importante, mas sempre dependendo do modo como é feita: precisamente no combate às alterações climáticas, na proteção da biodiversidade, na garantia de rendimento para os agricultores, e até no fornecimento de proteínas e calorias à população, inclusive à mais fragilizada. É importante conseguir mostrar às pessoas que elas podiam consumir duas vezes carne por semana e que isso é um padrão alimentar saudável.

Existe todo um ambiente que induz a que as pessoas façam escolhas erradas

A WWF considera que existe, de facto, uma responsabilidade direta das autoridades portuguesas, nomeadamente as de saúde, no âmbito da promoção da alteração dos hábitos alimentares? Como se deveria agir para potenciar uma mudança efetiva?

A sensibilização é muito importante, porque existe bastante iliteracia alimentar na população em geral. Mas entendemos que o ónus não deve ser colocado sobre o consumidor, porque existe todo um ambiente que induz a que as pessoas façam escolhas erradas. Portanto, a responsabilidade de mudar esse paradigma calha, sobretudo, aos governos. É sobre eles que recai a maior responsabilidade, e é também esse o entendimento da população em geral. Governos, e não só: também os retalhistas, em segundo plano. É isso que nos diz o resultado do nosso inquérito. Agora, temos visto que tem existido pouca vontade de mudança a esse nível, mesmo por parte das autoridades de saúde. 

Algo que advocamos é a introdução de critérios ambientais nas orientações alimentares nacionais - no caso português, a Roda Alimentar. Na verdade, outros países já têm muitos critérios ambientais incluídos nessas orientações, mas não é o nosso caso, em que as orientações são muito fracas. Houve, inclusive, uma consulta pública recentemente sobre o Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável, e reparámos que mesmo em relação às questões ambientais, o diagnóstico era muito fraco. Por exemplo, eles alegavam que uma das questões principais a combater era, precisamente, a questão do transporte, que sabemos que não é assim tão significativa em termos de impacto climático. 

No fundo, falta mais informação disponível aos consumidores. Existem algumas iniciativas lá fora relacionadas com a introdução de informação, até sobre os impactos ambientais, nos rótulos dos alimentos, mas em Portugal temos muita dificuldade em perceber, até, a origem dos mesmos. Conseguimos saber que alimentos são produzidos em modo biológico, mas ficamos por aí. Faltava, por exemplo, haver uma rotulagem específica para os modos de produção extensivos - que, na verdade, são mais amigos do ambiente e mais saudáveis. E depois, no âmbito da produção agrícola, faltam apoios e incentivos para que se adotem práticas mais sustentáveis por parte dos agricultores. 

Após ser aprovada no Parlamento Europeu, a nova Política Agrícola Comum (PAC) entrou em vigor no início desde ano, vigorando até 2027. É já possível fazer uma avaliação acerca do impacto da mesma na prossecução dos objetivos sustentáveis do bloco europeu, nomeadamente em Portugal? 

Ainda não é possível perceber que resultados está a ter no terreno, porque essa política começou a ser aplicada este ano. Agora, relativamente às novas regras, as ONG ambientais tentaram influenciar essa reforma da PAC, que decorreu nos últimos anos, tanto em termos de processo, como de conteúdo. Em termos de processo porque, por exemplo, outros países integravam, naquilo que eram os comités de acompanhamento dessas PAC’s -  que, no fundo, são órgãos consultivos - quer associações ou confederações agrícolas, quer ONG ou outras entidades da sociedade civil. Em Portugal, só tínhamos esse comité composto por organizações ou confederações agrícolas. Tentámos influenciar o processo para que ele se tornasse mais participativo e para que integrasse outras entidades da sociedade civil, e só com muito esforço conseguimos agora, finalmente, integrar, e vamos passar a poder acompanhar e influenciar esse processo de outra forma. 

Mas consideram que essa reforma podia ter sido mais ambiciosa em matérias ambientais?

Sim. De facto, aquela que era a primeira proposta da Comissão Europeia, em termos ambientais, era muito mais ambiciosa. Depois, por pressão do lóbi agrícola, essa ambição foi-se diluindo e, atualmente, temos dúvidas se existe, sequer, alguma evolução positiva em relação àquilo que foram as PAC anteriores. Sabemos que agora temos um novo pacote de ajudas, por exemplo, dedicadas especificamente a cumprir objetivos ambientais, mas entendemos que elas estão mal desenhadas. E já há, inclusive, uma assunção, por parte do órgão do Governo responsável pela implementação dessas medidas, de que as mesmas estão com uma fraca adesão, já neste período de candidaturas que decorre. Justificaram isso, também, com algumas dificuldades técnicas em termos de submissão das mesmas, mas era algo que já prevíamos enquanto ONG, do trabalho de análise que fizemos dessas novas regras - que, de facto, não eram chamativas para os agricultores. E, além disso, não abordam as questões que achamos que são mais relevantes e que podiam trazer uma mudança mais estrutural, mais significativa, em termos de produção, no caminho de promover formas de produção mais sustentáveis. 

Que questões são essas?   

Na nossa perspetiva, não são incentivados suficientemente os modos de produção extensivos. Por outro lado, a maioria da área em Portugal de produção biológica corresponde a pastagens, que nem sequer têm de estar associadas a produção animal. No fundo, acabam por servir de rendimento extra aos agricultores, que não têm de produzir carne. Recebem apenas aquele subsídio para manter as pastagens. São apoios que estão mal direcionados, e que deveriam contribuir, efetivamente, para o aumento dos produtos em modo de produção biológica no mercado português.    

Depois existem uma série de requisitos ambientais que se devem aplicar a um conjunto vasto de medidas agrícolas, que também foram um pouco defraudadas relativamente àquilo que era a ambição original, e que tinham o potencial de poderem aplicar-se à maior parte das explorações agrícolas, mas que ficam muito aquém das nossas expectativas. Portanto, os agricultores acabam por ter de fazer poucos esforços para cumprir esses critérios. Isto é muito importante porque tentámos influenciar esses normativos para que estivessem alinhados, no fundo, com as metas que estão estabelecidas a nível ambiental - europeias e nacionais, também. E estou a falar, por exemplo: do Plano Nacional de Energia e Clima (PNEC), que estabelece metas climáticas que Portugal tem de cumprir; e das metas estabelecidas em termos de biodiversidade, prevista na Estratégia Nacional de Conservação da Natureza e Biodiversidade. Fazia sentido haver coerência entre a PAC e esses outros planos, mas, na verdade, não existe. E, além disso, até mesmo a parte do diagnóstico, que é insuficiente e não olha para aquilo que são os impactos ambientais mais relevantes.

Contrariando uma falsa ideia que se tinha relativamente à Europa, a maioria do desperdício estará, em princípio, na fase da produção

Dados divulgados pelo Eurostat no final do ano passado deram conta de que os agregados familiares da União Europeia (UE) desperdiçaram, em média, 70 quilos de alimentos por pessoa no ano de 2020. Em Portugal, foi desperdiçada uma média de 184 quilos de comida por cidadão, um valor que supera a média da UE. Como se podem explicar estes números, bastante superiores em Portugal? 

Não temos trabalhado muito esta questão do desperdício alimentar, mas sabemos que os dados que existem são pouco fidedignos. Para já, em Portugal resumem-se a um estudo conduzido em 2012, que é o Projeto de Estudo e Reflexão sobre o Desperdício Alimentar (PERDA), que não utiliza a metodologia mais adequada para termos a noção daquilo que é o desperdício em Portugal. O mesmo diz-nos que, no nosso país, essa perda é de cerca de 17%, o que é, de facto, bastante elevado. Todos os Estados-membros têm, atualmente, a obrigação de medir e reportar o desperdício alimentar à Comissão Europeia - aliás, deviam tê-lo feito até ao final do ano passado, julgo, e Portugal não o fez. Sabemos também que a medição do desperdício alimentar é o passo mais importante para combater esse desperdício. E quando a medição não é feita, ou quando é feita de forma que não segue as recomendações, até europeias, as melhores práticas em termos de medição de desperdício, temos um fraco diagnóstico - não sabemos exatamente o que está a ser desperdiçado e onde, portanto, não podemos combater eficazmente esse problema.

O que pode então ser feito, além disso, para combater esta elevada taxa de desperdício alimentar em Portugal?

Existem muitas soluções, não existe uma receita única. Existem algumas relacionadas com a canalização do desperdício - por exemplo, os alimentos que não são consumidos podem ser canalizados para instituições de solidariedade social, e outros para produzir alimentação animal. Mas, antes de tudo, o principal objetivo deveria ser evitar esse desperdício. Não sabendo bem onde ele está a ocorrer, temos de nos basear, depois, nos estudos que existem, e que não são nacionais. E aí é importante perceber também que, contrariando uma falsa ideia que se tinha relativamente à Europa, a maioria do desperdício estará, em princípio, na fase da produção. Pensa-se sempre que pode estar associado ao consumidor, mas há estudos recentes, inclusive um da WWF, que vêm mostrar que, ao contrário do que se pensava, existe muito desperdício na fase de produção agrícola, e que não está a ser tido em conta.   

Entre as soluções podem estar ainda a valorização de produtos que acabam até por não sair da exploração agrícola e que estão aptos para consumo humano, só que apenas não se enquadram na calibragem e nas regras em vigor atualmente - e que, no fundo, estão mais associadas a uma boa apresentação dos alimentos, e não propriamente à sua qualidade em termos de consumo.   

O relatório ‘Planeta Vivo’, divulgado no final do ano passado pelo WWF, deu conta de que os portugueses precisam de 2,88 planetas para manter o seu estilo de vida. Que outras mudanças no estilo de vida dos cidadãos seriam necessárias colocar em andamento para reverter esta realidade?

Apesar da fatia maior da pegada ecológica caber, precisamente, à alimentação, que corresponde a 30% dessa pegada, depois existem outras com um grande impacto, nomeadamente os transportes e outros setores de atividade. Temos de mudar, obrigatoriamente, os nossos padrões de consumo, não só no que toca à alimentação, mas também em termos energéticos. Não estamos minimamente preparados para essa mudança, mas de facto é importante sensibilizar as pessoas - e, mais do que isso, visto que é difícil as pessoas mudarem de comportamentos, era preciso haver políticas, até, de regulamentação daquilo que se vende no mercado. E, no fundo, permitir que, não só os consumidores tenham mais informações sobre opções sustentáveis que possam tomar, mas depois, também, haver algumas restrições, que não existem atualmente, ou alguns incentivos para que se adotem melhores práticas.

Leia Também: De "valorizar". 33% quer reduzir consumo de produtos de origem animal

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