O protesto, com outra concentração prevista para a tarde, deu início a mais um período de greve no distrito de Aveiro, iniciado às 12:00, prometendo as organizações sindicais que não irá parar "enquanto o tempo de serviço não for integralmente recuperado".
A isso mesmo exortou uma das professoras no local, garantindo que "a luta continua", e adiantando a intenção de estar entre os colegas que se vão concentrar com igual objetivo em Lisboa e no Porto.
"Está a acabar o ano letivo, nós estamos exatamente na mesma e só posso dizer o seguinte: nós não vamos parar, vai acabar este ano letivo e vamos começar outro da mesma forma porque, enquanto não conseguirmos que sejam contados os seis anos, seis meses e 23 dias e que outras matérias que estão em cima da mesa não fiquem tratadas, nós vamos estar em luta", disse.
António Morais, professor na Escola de Eixo, tem idêntica disposição, afirmando que o que está em causa, mais do que a defesa corporativa dos professores é o bem maior da qualidade da escola pública".
Nem a promulgação do diploma dos concursos pelo Presidente da República, "com melhorias em relação à proposta inicial", faz desmobilizar os professores.
"Há outras matérias para além dos concursos e também a afetam a todos os professores e pelas quais reivindicamos soluções adequadas", afirmou António Morais, considerando preocupante a falta de professores que se adivinha.
"A falta de professores vai continuar e, se não se atalhar, se não se tomarem medidas que sejam adequadas e justas para tornar atrativa esta profissão, vai ser muito mais complicado para o futuro", concluiu.
