O contacto com o Grupo VITA - concebido pela Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) para concretizar a resposta de apoio às vítimas de abusos sexuais em contexto eclesiástico - poderá ser efetuado por via telefónica através do número 915090000 (disponível de segunda a sexta-feira entre as 09h00 e as 18h00), mas também por email: geral@grupovita.pt.
Para a intervenção junto de vítimas, abusadores e pessoas que sentem o impulso para vir a cometer abusos sexuais, o grupo VITA está em contactos com a Ordem dos Médicos e a Ordem dos Psicólogos Portugueses para a criação de uma bolsa de psicólogos presente em todo o território nacional. Estes profissionais devem estar identificados no início de junho e vão receber formação especializada na área da violência sexual.
Apresentado publicamente há sensivelmente um mês, a nova estrutura de acompanhamento das vítimas tem um prazo de atuação estimado para os próximos três anos e é coordenado pela psicóloga Rute Agulhas, especialista em Psicologia Clínica e da Saúde e com especialidades avançadas em Psicoterapia e Psicologia da Justiça.
Além de Rute Agulhas, o grupo é composto por Alexandra Anciães (psicóloga com experiência de avaliação e intervenção com vítimas adultas), Joana Alexandre (psicóloga, docente universitária e investigadora na área da prevenção dos abusos sexuais), Jorge Neo Costa (assistente social, intervenção com crianças e jovens em perigo), Márcia Mota (psiquiatra, especialista em Sexologia Clínica e intervenção com vítimas e agressores sexuais) e Ricardo Barroso (psicólogo, docente e especialista em intervenção com agressores sexuais).
Há ainda um grupo consultivo, com a participação do padre João Vergamota (especialista em Direito Canónico), Helena Carvalho (docente universitária especialista em análise estatística) e o advogado David Ramalho.
A criação do Grupo VITA surge na sequência do trabalho da Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica, liderada pelo pedopsiquiatra Pedro Strecht, que, ao longo de quase um ano, validou 512 testemunhos de casos ocorridos entre 1950 e 2022, apontando, por extrapolação, para um número mínimo de 4.815 vítimas.
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