Taxa de jovens que não trabalham nem estudam nos Açores baixou para 15,1%

 A taxa de jovens que não estudam, não trabalham, nem frequentam formação profissional (NEET) nos Açores diminuiu de 17,5% para 15,1% no primeiro trimestre de 2023, revelou hoje o Governo Regional.

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Lusa
24/05/2023 14:14 ‧ 24/05/2023 por Lusa

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"Temos verificado já um decréscimo desta taxa de jovens NEET. Quando, no primeiro trimestre de 2022 tínhamos 17,5%, neste momento temos 15,1%. Isso dá bem nota de que estes jovens estão a ser integrados no mercado de trabalho", disse, em declarações aos jornalistas, a secretária regional da Juventude, Qualificação Profissional e Emprego, Maria João Carreiro.

A governante falava em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, à margem da sessão de abertura da conferência internacional "Guia para a inclusão social de jovens NEET", organizada pela Rural NEET Youth Network, em que participam 50 investigadores de vários países da Europa.

Os Açores são uma das regiões do país com maior percentagem de jovens que não estudam, não trabalham e não frequentam formação profissional.

Segundo Maria João Carreiro, para a redução registada no início de 2023 contribuíram as políticas de emprego implementadas pelo executivo açoriano (PSD/CDS-PP/PPM), incluindo a criação do Gabinete de Orientação Vocacional e Profissional (GOVP), que percorre todos os concelhos da região, em colaboração com juntas de freguesia e Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS).

"Desde que o GOVP iniciou a sua atividade [no final de 2022], tiveram registo nos serviços de emprego da região 4.693 jovens NEET, com idades compreendidas entre os 18 e os 34 anos. Destes, 15% (678) foram colocados em ofertas de emprego e 21% (993) foram encaminhados para formação", salientou.

O número de jovens NEET registados atualmente nos serviços de emprego baixou para 1.923, dos quais "673 estão inscritos há mais de seis meses".

"Dos 582 planos pessoais de emprego já realizados pelo GOVP com os desempregados com baixo perfil de empregabilidade, 316 foram com jovens NEET, sendo que 178 já estão a trabalhar e os restantes foram orientados, para além das ofertas de emprego, para programas de estágio e formação", frisou a governante.

Maria João Carreiro disse que o problema é transversal a todas as ilhas, ainda que haja uma maior incidência em alguns concelhos.

"O GOVP tem sempre um plano individual de emprego para cada um dos jovens, em função de onde está inserido, do seu projeto de vida, do meio familiar. É um plano individual, para que seja motivacional e que leve este jovem a integrar o mercado de trabalho com maior facilidade", apontou.

Para a titular da pasta do Emprego, a redução do número de jovens NEET passa, sobretudo, por uma maior aposta na qualificação, mas o Gabinete de Orientação e Vocação Profissional tem várias áreas de intervenção. 

"Muitas vezes estamos a falar de pessoas que têm fracas competências em termos de empregabilidade, mas muitas vezes também associadas a uma baixa autoestima, uma baixa motivação. Temos de olhar cada caso. O nosso objetivo é formar para empregar, desde logo quando estamos a falar de jovens com fracas competências e baixas qualificações", frisou.

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