"A entrada de um acionista privado era importante para que o Estado também pudesse capitalizar a empresa. Para mim, é absolutamente claro", afirmou Pedro Marques, em resposta aos deputados, na comissão parlamentar da Economia.
Pedro Marques foi chamado ao parlamento, a requerimento do PSD, sobre a situação da TAP no período 2015-2023.
O ex-ministro lembrou que devido às regras europeias da concorrência, o Estado "estava limitado" em capitalizar a empresa e a própria TAP "tinha muita dificuldade" em obter mais financiamento.
Assim, a existência de um acionista privado, com a permanência do Estado na estrutura da transportadora aérea, "era uma coisa importante", reiterou.
Já sobre a carta-conforto, que obrigava o Estado a recomprar a TAP, caso os privados falhassem algum pagamento à banca, Pedro Marques garantiu estar convicto de que a mesma foi assinada "às tantas da madrugada", caso contrário, os bancos não deixavam concluir a operação.
"A TAP estava demasiado endividada e dependente dos bancos. Nenhum gestor assinava um documento daqueles, se não estivesse totalmente dependente do setor bancário", sublinhou.
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