Assistência a grávida que morreu? IGAS encontrou indícios de crime
A mulher, de 34 anos, morreu em agosto do ano passado após sofrer uma paragem cardiorrespiratória durante uma transferência de ambulância do Hospital de Santa Maria para o Hospital de São Francisco Xavier, em Lisboa.
© Global Imagens
País Santa Maria
A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS), do Ministério da Saúde, encontrou indícios de crime na assistência prestada à mulher grávida de 34 anos, que morreu após sofrer uma paragem cardiorrespiratória durante uma transferência de ambulância do Hospital de Santa Maria para o Hospital de São Francisco Xavier, em Lisboa, em agosto do ano passado, avança a CNN Portugal.
"O Hospital de Santa Maria não assegurou a adequada assistência, durante a permanência e posterior transferência para o hospital São Francisco Xavier da utente de 34 anos, grávida de 30 semanas", refere o IGAS.
Ao que tudo indica, a perita médica que fez a reconstituição dos factos não terá encontrado falhas na atuação da equipa médica do Hospital de São Francisco Xavier, que conseguiu salvar o bebé.
Quatro dias depois do sucedido, a mulher acabou por morrer e a então ministra da Saúde, Marta Temido, acabou por se demitir, considerando que era necessário que houvesse uma "responsabilização".
A atual administração do Santa Maria não comenta o relatório, avança a reportagem da CNN Portugal, uma vez que os factos estão a ser analisados pelo Ministério Público, que irá ouvir os profissionais envolvidos e decidir se deduz acusação aos visados.
De recordar que a mulher de 34 anos morreu em agosto do ano passado após sofrer uma paragem cardiorrespiratória durante uma transferência de ambulância do Hospital de Santa Maria para o Hospital de São Francisco Xavier, em Lisboa.
A vítima foi "forçada" a ser transferida, uma vez que o Hospital de Santa Maria "não tinha vaga no Serviço de Neonatologia para internar o bebé quando fosse provocado o parto".
Durante a transferência, sofreu uma "paragem cardiorrespiratória" e foi efetuada a "reanimação no transporte". Na chegada ao Hospital S. Francisco Xavier, a grávida "foi submetida a uma cesariana urgente".
O bebé nasceu com 772 gramas, sendo encaminhado para "unidade de cuidados intensivos neonatais por prematuridade". Já a mãe "ficou internada nos cuidados intensivos, vindo a falecer".
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