Em declarações aos jornalistas à margem da apresentação do programa 'Verão Seguro', em Faro, José Luís Carneiro deixou uma "palavra de saudação e agradecimento e de elogio à atitude de elevado sentido do serviço público e de sentido de Estado, quer do senhor comandante geral da GNR, senhor general Santos Correia, e também do senhor diretor nacional da PSP, Magina da Silva".
A ambos, acrescentou o governante, é devida "uma palavra de gratidão por colocarem o sentido de Estado ao serviço do bem-estar e de um país pacífico", operando uma cooperação "que permite que o país continue a estar entre os países mais pacíficos do mundo".
A PSP e GNR assinaram "um protocolo inédito" que prevê que efetivos de uma das polícias possam atuar na área de competência da outra, devido ao número de turistas esperados no verão, especialmente para a Jornada Mundial da Juventude.
Segundo avançou na terça-feira à Lusa o Ministério da Administração Interna (MAI), "o protocolo inédito de cooperação operacional", assinado na semana passada, vai entrar em vigor na quinta-feira e prolonga-se até 15 de setembro, no âmbito da operação 'Verão Seguro' do Ministério da Administração Interna, a qual prevê o emprego de valências de policiamento de proximidade e visibilidade da GNR e da PSP, nomeadamente no âmbito do patrulhamento a cavalo e do patrulhamento por bicicleta.
Segundo o protocolo, os meios humanos e materiais da polícia que reforça ficam sob a direção operacional da força territorialmente competente que é reforçada e atuam na área para a qual foram solicitados.
O ministro da Administração Interna destacou que o protocolo permitirá "reforçar o patrulhamento de proximidade e o patrulhamento de visibilidade", contribuindo para "uma maior visibilidade" das forças de segurança.
"Para continuarmos a ser um país pacífico e para continuarmos também a garantir nas perceções dos cidadãos que somos um país pacífico, com uma grande proximidade das forças de segurança em relação aos cidadãos", prosseguiu José Luís Carneiro.
Para já, este protocolo "está pensado para o período de verão", em que se preveem grandes fluxos populacionais, devido ao turismo e ao regresso dos emigrantes, e deverá repetir-se nos próximos anos pela mesma altura, mas há abertura para ser reativado "sempre que se justifique", em caso de "momentos específicos" e em função das "necessidades do país", frisou o ministro.
"Fundamentalmente, é neste período do ano que se justifica essa cooperação reforçada, essa cooperação especial", considerou o governante.
Por outro lado, o programa 'Verão Seguro', que anualmente se realiza no Algarve, vai ser este ano alargado a Lisboa, Porto e praias com maior pressão turística devido ao aumento de turistas e à Jornada Mundial da Juventude, que se realiza na capital na primeira semana de agosto.
"Neste caso, trata-se agora de lançar programas específicos para este período, que é um período bastante exigente. Este ano vai ser muitíssimo exigente, por força da Jornada Mundial da Juventude (JMJ)", destacou José Luís Carneiro.
Apesar de cada comando distrital da PSP ter de ceder 20% do seu efetivo para o reforço policial da JMJ, o diretor nacional da PSP, Magina da Silva, revelou que o Comando Distrital de Faro não dará esse reforço.
"Decidi que Faro, o Algarve, atendendo à pressão turística, não dará esse reforço de 20% do seu efetivo, o que corresponde mais ou menos a 160 polícias", referiu o responsável, durante a sessão de apresentação do 'Verão Seguro' realizada hoje na capital algarvia.
Na região algarvia, a PSP terá destacadas duas equipas do Corpo de Intervenção, nos concelhos de Portimão e Lagos, prevendo-se ainda um reforço casuístico face a eventos de massas e consoante o nível de risco.
Por seu lado, a GNR vai ter no Algarve, nos meses de verão, dois pelotões de ordem pública posicionados em Vilamoura (Loulé) e Albufeira, mas disponíveis para intervir em toda a região, quatro equipas com cavalos e quatro equipas com cães.
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