Segundo uma nota publicada no 'site' da PGR, as buscas abrangem também outras instituições, como a Liga dos Amigos do Serviço de Cardiologia do Hospital da Senhora da Oliveira ou o Rotary Club de Guimarães, e empresas do setor de tecnologia médica. Além de Guimarães, as diligências acontecem ainda no Porto, em Lisboa, em Oeiras e na Amadora.
A investigação, que é liderada pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) e tem o apoio da Unidade Nacional Contra a Corrupção (UNCC) da Polícia Judiciária (PJ), está associada ao relatório da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) ao Hospital da Senhora da Oliveira, na sequência da criação da Unidade de Diagnóstico e Intervenção Cardiovascular.
Em causa, de acordo com o MP, pode estar a prática dos crimes de "administração danosa, corrupção ativa e passiva, participação económica em negócio, abuso de poder e corrupção ativa com prejuízo do comércio internacional".
As buscas contam com a presença de juízes, magistrados do MP, inspetores da PJ, representantes da Ordem dos Médicos e da Ordem dos Advogados, bem como de inspetores da IGAS.
Instituição "está a colaborar" com PJ
O Hospital de Guimarães diz "estar a colaborar" com as autoridades, na sequência das buscas hoje realizadas pela Polícia Judiciária (PJ), no âmbito da criação do Serviço de Hemodinâmica, envolvendo contratos suspeitos de 21 milhões de euros.
"Este assunto está a ser tratado pelas entidades competentes, o Conselho de Administração atual está a colaborar em todas as diligências solicitadas quanto ao período respeitante aos anos 2015-2018", refere o Hospital da Senhora da Oliveira -- Guimarães (HSOG), em comunicado enviado à agência Lusa.
[Notícia atualizada às 14h18]
Leia Também: Lar ilegal em Famalicão punido com coima de 10 mil euros e encerramento