"Quem semeia ventos, colhe tempestades. Putin tem estado a semear ventos"

João Gomes Cravinho comentou a curta rebelião levada a cabo pelo grupo Wagner na Rússia.

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Carmen Guilherme
26/06/2023 08:58 ‧ 26/06/2023 por Carmen Guilherme

País

Guerra na Ucrânia

O ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Gravinho, reagiu, esta segunda-feira, aos mais recentes acontecimentos na Rússia, considerando que "quem semeia ventos, colhe tempestades".

"Em relação aos mais recentes eventos na Rússia, aquilo que sabemos é que quem semeia ventos, colhe tempestades", começou por dizer o governante em declarações aos jornalistas, no Luxemburgo, à margem do Conselho de Negócios Estrangeiros. 

"O presidente Putin tem estado a semear ventos" ao "promover um Exército privado, mercenário, que se revelou capaz de desafiar as próprias forças armadas russas", notou.

"Fê-lo também ao invadir de forma ilegal a Ucrânia", acrescentou.

Gomes Cravinho realçou ainda que o "objetivo" de Portugal continua a ser "apoiar a Ucrânia" para que seja alcançada a paz "necessária".

"O nosso objetivo é continuar a apoiar a Ucrânia para que seja a Ucrânia a determinar os termos da paz que é necessária", rematou

Recorde-se que o líder do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, avançou, na sexta-feira, com uma rebelião na Rússia, que acabou por suspender menos de 24 horas depois, já após ter ocupado Rostov, uma importante cidade no sul do país para a logística da guerra na Ucrânia.

Prigozhin acusara antes o Exército russo de atacar acampamentos dos seus mercenários, provocando "um número muito grande de vítimas". As acusações foram negadas pelo Ministério da Defesa da Rússia.

Vladimir Putin discursou ao país e falou numa "ameaça mortal" ao Estado russo e numa "traição". 

Leia Também: "Forte reação". Líder sérvio desfaz-se em elogios a Putin após rebelião

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