O ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Gravinho, reagiu, esta segunda-feira, aos mais recentes acontecimentos na Rússia, considerando que "quem semeia ventos, colhe tempestades".
"Em relação aos mais recentes eventos na Rússia, aquilo que sabemos é que quem semeia ventos, colhe tempestades", começou por dizer o governante em declarações aos jornalistas, no Luxemburgo, à margem do Conselho de Negócios Estrangeiros.
"O presidente Putin tem estado a semear ventos" ao "promover um Exército privado, mercenário, que se revelou capaz de desafiar as próprias forças armadas russas", notou.
"Fê-lo também ao invadir de forma ilegal a Ucrânia", acrescentou.
Gomes Cravinho realçou ainda que o "objetivo" de Portugal continua a ser "apoiar a Ucrânia" para que seja alcançada a paz "necessária".
"O nosso objetivo é continuar a apoiar a Ucrânia para que seja a Ucrânia a determinar os termos da paz que é necessária", rematou
Recorde-se que o líder do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, avançou, na sexta-feira, com uma rebelião na Rússia, que acabou por suspender menos de 24 horas depois, já após ter ocupado Rostov, uma importante cidade no sul do país para a logística da guerra na Ucrânia.
Prigozhin acusara antes o Exército russo de atacar acampamentos dos seus mercenários, provocando "um número muito grande de vítimas". As acusações foram negadas pelo Ministério da Defesa da Rússia.
Vladimir Putin discursou ao país e falou numa "ameaça mortal" ao Estado russo e numa "traição".
Leia Também: "Forte reação". Líder sérvio desfaz-se em elogios a Putin após rebelião