Criou empresa e conseguiu 'desviar' 1.5 milhões de euros. PJ deteve-o
O homem, estrangeiro, levava a cabo um esquema transnacional conhecido como CEO Fraud. As autoridades conseguiram recuperar a "quase totalidade" dos montantes".
© Reuters
País Polícia Judiciária
A Polícia Judiciária (PJ) deteve um cidadão estrangeiro pelos crimes de acesso ilegítimo, burla informática e branqueamento, ilícitos estes cometidos no âmbito de um "complexo esquema criminoso transnacional".
De acordo com um comunicado da PJ, conhecido esta quarta-feira, a operação aconteceu em articulação com o Departamento Central de Investigação e Ação Penal de Torres Vedras.
Segundo explicam as autoridades na nota, o cidadão em causa está envolvido num esquema transnacional conhecido por CEO Fraud, que lhe permitiu arrecadar cerca de 1.5 milhões de euros.
A fraude em questão consiste "no uso de técnicas de exploração de vulnerabilidades de sistemas informáticos seguido de intromissão no sistema informático de uma das partes. Após perscrutar as comunicações eletrónicas e apurar da existência de uma relação comercial, o autor do crime substitui-se ao credor e envia um e-mail falso ao devedor para este liquidar a fatura para um IBAN novo, distinto do original, criado com o único propósito de receber os fundos ilicitamente transferidos, onde se irá dar início ao branqueamento do dinheiro".
Por forma a levar a cabo este crime, o suspeito constituiu uma empresa em Portugal, abrindo uma conta bancária em nome desta. A conta bancária em causa era utilizada para receber os fundos ilicitamente transferidos.
"A investigação irá prosseguir com o fito de identificar toda a estrutura criminosa estando em curso mecanismo de cooperação policial e judiciária", garante a PJ, acrescentando que "quase totalidade dos montantes" foi recuperada no âmbito da operação policial - assim como foi recolhido material probatório.
O suspeito será presente a primeiro interrogatório judicial para aplicação da medida de coação.
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