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"Ucrânia mais próxima da NATO". PSD? "Ninguém está acima da lei"

O primeiro-ministro português disse que a guerra desencadeada por Putin resultou numa "enorme derrota geoestratégica". Ainda à margem da cimeira da NATO, em Vilnius, António Costa comentou também as buscas na sede do PSD.

"Ucrânia mais próxima da NATO". PSD? "Ninguém está acima da lei"
Notícias ao Minuto

13:57 - 12/07/23 por Notícias ao Minuto

País Guerra na Ucrânia

Após a cimeira da NATO em Vilnius, na Lituânia, o primeiro-ministro português realçou a "enorme derrota geoestratégica" em que resultou, para a Rússia, "a guerra desencadeada por Putin" na Ucrânia, principalmente pela aproximação da entrada de Kyiv na NATO, bem como da Suécia, e da entrada oficial da Finlândia na Aliança Atlântica.

"Esta cimeira da NATO foi uma prova indiscutível da unidade da Aliança no apoio à Ucrânia, tendo em vista que se conduz a bom caminho da paz e uma derrota clara de quem violou o direito internacional", disse António Costa aos jornalistas, atirando farpas: "Se [Putin] pretendia dividir a NATO, a verdade é que a NATO se uniu, se [Putin] pretendia enfraquecer a NATO, a realidade é que a NATO está mais forte. Se [Putin] pretendia afastar a Ucrânia, a Ucrânia agora está mais próxima da NATO do que estava anteriormente."

António Costa considerou que as críticas de Zelensky à NATO foram um "mal-entendido" e recordou que "foi ontem assinado um acordo na aliança para os F-16". Portugal comprometeu-se a formar pilotos ucranianos para voar caças F-16, mas o primeiro-ministro não avançou, ainda, com uma data certa para o início dessas informações.

O chefe do Governo português fez eco, também, das preocupações que tem com o papel da NATO no seu flanco sul, sendo que "a NATO tem uma visão de 360º, olha para o conjunto das ameaças e desafios à escala global".

"Ninguém está acima da lei", diz Costa sobre buscas no PSD

Apesar de, inicialmente, se ter negado a falar de política nacional, António Costa acabou por dizer aos jornalistas, relativamente às buscas que decorrem, esta quarta-feira, num processo ligado ao PSD e ao seu antigo líder, Rui Rio, que é necessário "deixar a Justiça fazer o seu trabalho".

"Os portugueses têm motivos diversos para poderem confiar no sistema de Justiça. Primeiro, porque não há nenhum país, que eu conheça, onde o grau de independência dos tribunais e a autonomia do Ministério Público seja tão elevado como em Portugal. O que significa que ninguém está acima de qualquer suspeita, nem acima da lei, seja o cidadão comum, seja o primeiro-ministro, seja quem for", disse António Costa.

O primeiro-ministro saudou também a robustez do quadro jurídico português, em que a Polícia Judiciária foi reforçada, nos últimos anos, "como nunca tinha sido reforçada". "Não vale a pena querermos trazer para a praça pública aquilo que deve ser tratado no lugar próprio, que é na Justiça. Sempre tive uma concordância absoluta com o dr. Rui Rio quando dizia que não devemos fazer julgamentos de tabacaria", continuou.

O chefe do Governo realçou, aliás, que "um dos grandes ganhos civilizacionais foi termos deixado de ter julgamentos populares e passado a ter julgamentos nos lugares próprios, que são os tribunais".

"Eu acho que os portugueses têm todas as razões [para confiar na política]. Porque se a justiça tem esta independência e estes meios, se o MP tem esta autonomia, isso resulta da vontade política, porque quem criou este sistema de Justiça foram membros políticos, não foi mais ninguém", confiou ainda António Costa, defendendo: "Se há crimes, serão devidamente investigados e, se se verificarem, punidos. Se não há crime, as pessoas devem ser absolvidas. O estado de direito é compreensivo e pressupõe também a presunção da inocência."

[Notícia atualizada às 14h25]

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