"O Grupo Caixa Geral de Depósitos gerou no primeiro semestre de 2023 um resultado líquido consolidado de 608 milhões de euros, evidenciando a consolidação dos resultados dos últimos anos e o cenário atual de subida de taxa de juro", refere a instituição bancária na informação enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Segundo o banco liderado por Paulo Macedo, com este contributo, o conjunto de resultados gerados desde a recapitalização de 2017, permitiu saldar os prejuízos acumulados dos exercícios de 2011 a 2016.
O contributo da atividade internacional para os resultados líquidos da CGD representou 102 milhões de euros.
No primeiro semestre, em termos consolidados, a margem financeira subiu 124,7% para 1.320 milhões de euros, enquanto os resultados de serviços e comissões caíram 4,9% para 289 milhões de euros.
Os custos de estrutura subiram 13,3% para 556 milhões de euros, com os custos com pessoal a subirem 8,8% para 351 milhões de euros.
Os resultados das operações financeiras subiram de 75 milhões de euros para 152 milhões de euros, com uma contribuição de 80 milhões de euros da alienação dos ativos do extinto Fundo de Pensões.
Expurgando este efeito extraordinário, os resultados de operações financeiras teriam uma variação negativa de 2,7 milhões de euros.
As provisões e imparidades para risco de crédito registaram 129 milhões de euros, no final de semestre, um reforço de 298 milhões de euros face ao período homólogo, refletindo uma "abordagem preventiva" face à incerteza da economia.
As outras provisões e imparidades ascenderam a 137 milhões de euros, mais 199 milhões de euros do que no primeiro semestre de 2022, maioritariamente "dos custos do programa de reestruturação".
Os depósitos a clientes caíram 5,7% para 79.121 milhões de euros, com os depósitos de particulares a reduzirem-se 4,7% para 53.322 milhões de euros e das empresas 7,6% para 12.410 milhões de euros.
O crédito concedido a clientes caiu 0,8% para 52.610 milhões de euros.
A relação de crédito face a depósitos (rácio de transformação) fixou-se em 64% em junho de 2023, o que representou uma subida em relação ao final de 2022 (61%).
O rácio de 'Non-Performing Loans'(crédito malparado) foi 2,48%, o que compara com os 2,43% observados em dezembro de 2022, influenciado pela redução da carteira de crédito.
Os rácios fully loaded, CET1, Tier 1 e Total, situaram-se em 19,3%, 19,3% e 19,6% respetivamente.
[Notícia atualizada às 17h38]
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