A Polícia Judiciária (PJ) deu cumprimento a três mandados de busca domiciliária e dois mandados de detenção, emitidos pelo Ministério Público (MP) de Tomar, detendo dois indivíduos, fortemente indiciados pelo crime de branqueamento de capitais.
Na ação, foi detido ainda um terceiro indivíduo que se presume estar associado aos visados na operação, "por estar na posse de documentos de identificação pessoal, BI e Passaporte de país comunitário, que se demonstrou serem falsos e consequentemente encontrar-se ilegal em território nacional", pode ler-se num comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso.
As ações de buscas e consequentes detenções ocorreram na cidade de Tomar, tendo sido apreendidos "elementos de prova sobre os factos em investigação".
Os dois arguidos visados na investigação, abriram contas bancárias em Portugal sobre as quais recaíram pedidos de devolução de fundos depositados, solicitados por empresas oriundas da Alemanha, Reino Unido e Finlândia.
Naquelas contas "verificou-se também elevado número de depósitos nacionais, suspeitando-se pela informação recolhida que resultam de burlas informáticas e transferências para contas particulares em cinco países europeus, sendo beneficiário de parte delas um dos detidos na presente operação", pode ainda ler-se na nota.
Na posse dos homens foram encontrados dez documentos de identificação falsos, passaportes e bilhetes de identidade, com os quais abriram mais de uma dezena de contas bancárias e criaram inscrições junto da AT para obtenção de NIF - elemento crucial para abertura de contas bancárias e ainda inscrições em universidade nacional.
Os detidos, todos de sexo masculino e com 27 anos, serão presentes às competentes Autoridades Judiciárias para primeiro interrogatório judicial e aplicação das medidas de coação.
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