Em 2022, foram realizados mais de 1,5 milhões de testes à hepatite B e C
Significa tal um aumento de 18,5% face ao ano anterior.
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País Hepatite
Os centros de saúde e hospitais portugueses prescreveram, em 2022, quase 1,5 milhões (1 477 427) de testes de diagnóstico de Hepatite B e C, o que representa um aumento de 18,5% face ao ano anterior.
A informação é avançada pela Direção-Geral da Saúde, revelando a mesma também que "houve um acréscimo de 3% do acesso ao tratamento, tendo sido realizados um total de 2.192", segundo o relatório de 2023 do Programa Nacional para as Hepatites Virais (PNVH), que é hoje publicado".
Neste Dia Mundial das Hepatites, os dados divulgados demonstram "a priorização da área e do investimento no diagnóstico", diz a DGS, procurando "sensibilizar para a doença e para a importância da deteção precoce, uma vez que se trata e se trava a transmissão e a progressão para cirrose ou cancro do fígado".
Cerca de um milhão dos testes são prescritos nos hospitais, mas "os resultados podem estar subestimados, uma vez que existem centros de saúde com capacidade para realizar testes à Hepatite C", esclarece ainda a DGS, reforçando que as autorizações dos tratamentos aprovados pelo INFARMED, I.P. "superaram os resultados dos últimos dois anos".
Prevenção com "resultados positivos"
Em comunicado, a DGS assinala também que a prevenção "teve resultados positivos em 2022". A vacinação contra a Hepatite B, por exemplo, teve "uma cobertura média de 97,8% nas últimas duas décadas" e houve ainda uma subida de 34% no número de preservativos distribuídos, ultrapassando os 5,2 milhões, "um valor próximo do registado em 2019".
"Apesar da tendência de decréscimo dos últimos 12 anos, o Programa de Troca de Seringas mantém-se robusto, com mais de um milhão de seringas distribuídas no último ano", conta ainda a DGS, destacando no relatório anual "os projetos de microeliminação da hepatite C, sejam eles relacionados com a diálise, no contexto prisional e na população utilizadora de drogas e que são essenciais perante o compromisso nacional de eliminação das hepatites virais até 2030".
A DGS apela à "liderança das organizações não-governamentais", a quem "reconhece o papel preponderante e de proximidade com as comunidades, nomeadamente no rastreio da hepatite B e C, que regista tendência crescente desde 2014", numa altura em que "o número de novos casos notificados está abaixo dos 200 por ano".
O "acesso imediato aos tratamentos, de forma equitativa", ou a "melhoria do processo de notificação da doença, prevendo-se também a inclusão da Hepatite D como doença de notificação obrigatória" são algumas das formas que a DGS elenca para "melhorar a abordagem futura às hepatites".
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