Jovens de todo o mundo aproveitam para 'curtir' Lisboa antes de ver Papa
Centenas de jovens participantes da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) aproveitam a contagem decrescente para o evento para conhecer Lisboa, visitando os sítios históricos e junto ao rio da capital portuguesa que, por estes dias, é uma cidade poliglota.
© Lusa
País JMJLisboa2023
Facilmente identificados com t-shirts alusivas à jornada, os jovens aproveitam o sol de Lisboa e distribuem-se nos seus espaços turísticos, tirando fotografias e antevendo dias memoráveis, como Francesco Conto, 20 anos, natural de Perugia, em Itália, que espera levar como recordação "uma fantástica" estadia.
"Espero divertir-me numa fantástica jornada, com amigos, com pessoas do meu país e de outros países e passar uns dias maravilhosos", disse à Lusa, frente ao miradouro de Santa Luzia, que tem uma ampla vista sobre Alfama e o rio Tejo.
À agência Lusa, e acompanhado de amigos italianos em férias em Lisboa, Francesco disse que neste primeiro dia em Lisboa já aproveitou para visitar vários sítios, como o Castelo de São Jorge.
"Amanhã vamos visitar o Cabo da Roca", disse Francesco Conto, que espera da presença do papa Francisco uma mensagem forte: "Uma mensagem para a nossa geração que enfrenta vários problemas e que nos ajude a nos libertarmos deste tipo que prisão em que, eu acho, nos encontramos", referiu.
A alguns metros de Francesco, a brasileira Cleide Victoria e os amigos fazem a festa, vestidos com as t-shirts roxas do Santuário Bom Jesus de Piraporinha (São Paulo), em que se lê o lema da JMJ: "Maria levantou-se e partiu apressadamente".
À Lusa, disse que está a viver estes dias como "um milagre".
Com 24 anos, partilhou que "participar na jornada é uma prioridade" na sua vida e que, para isso, fez muitas restrições, incluindo ao nível da alimentação.
"Tivemos de fazer sacrifícios financeiros, deixar de comer algumas coisas, de comprar algumas coisas, fazer dívidas que não poderia, mas acredito que Deus me trouxe até aqui; fiz uma rifa, o pessoal ajudou-me muito", disse.
Sobre a sua passagem por Lisboa, disse que "estar em terras europeias é um sinal muito grande para os brasileiros. Estar aqui é um milagre".
Rodeada de turistas, afirmou que está "a desbravar Lisboa" e que já visitou a Torre de Belém e algumas igrejas de Santo António.
Frente à Sé de Lisboa, Salvatore Tupputi, natural de Barletta, em Itália, disse que tem "elevadas expectativas" para esta jornada e nenhuma dúvida de que contará com uma grande participação dos jovens.
"Acredito que vai haver uma forte participação. Vão chegar jovens de todo o mundo", disse.
Sobre a mensagem que espera desta presença do Papa Francisco em Lisboa, afirmou esperar que "o espírito santo faça um milagre na vida de toda a gente".
Contente por estar num país que, pelo menos, não vive as altas temperaturas como as que assolam Itália, Salvatore Tupputi indicou que tem aproveitado estes dias antes da JMJ para visitar alguns pontos do país, como a Torre de Belém, o Oceanário (em Lisboa) e Cascais.
A subir a Rua das Pedras Negras, a inglesa Una Dali, que visita Lisboa pela segunda vez, partilhou com a Lusa as "elevadas expectativas" que tem para esta jornada.
"É a primeira vez que participo. Estou muito entusiasmada", disse.
E contou: "Já tinha estado em Lisboa antes da pandemia. Esta vez é muito diferente, está muito calor, muito sol. Há pessoas de todo o mundo".
Una Dali tem visitado as igrejas e considera que esta "tem sido uma experiência muito boa".
Frente ao Mosteiro dos Jerónimos, e depois de saborear os pastéis de Belém, a filipina Bel Belonio, acompanhada de duas amigas igualmente animadas, disse que desde a JMJ no Panamá, em 2019, que espera conhecer Lisboa.
"A nossa expectativa é muito grande, queremos conhecer muitas pessoas, ver o papa e visitar Portugal", disse.
Enquanto voluntária, mal pode esperar por ter uma audiência com o papa, em Lisboa, e nem precisa de ir a Fátima, porque já foi.
Sobre o líder da igreja católica, afirmou que espera ouvir "uma mensagem de amor, de esperança" para que "os jovens continuem a ter razões para ter esperança".
E enquanto a JMJ não arranca -- o que acontecerá terça-feira -- vai conhecer Sintra, entre outros tesouros de Portugal, como os que visitou junto ao Tejo.
O Papa participará, no dia 03 de agosto, à tarde, no Parque Eduardo VI, à cerimónia do Acolhimento dos peregrinos. No dia seguinte, presidirá, também no Parque Eduardo VI, à Via Sacra, enquanto no sábado, além da manhã, em Fátima, estará no fim da tarde, início da noite, no Parque Tejo, para o início da Vigília dos jovens.
No domingo, além da missa final, durante a manhã, também no Parque Tejo, à tarde terá um encontro com os milhares de voluntários participantes na JMJ, antes de regressar ao Vaticano.
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