"Sonho" concretizado. Marcelo fala após missa de abertura da JMJ
O chefe de Estado mostrou-se impressionado por este momento inicial do evento. "Impressionante pelo ambiente. Impressionante pelo calor português. Impressionante por se concretizar nestes tempos de guerra".
© Lusa
País JMJ
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já fez uma breve reação à missa de abertura da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) em Lisboa, presidida pelo Cardeal Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente. "Eu saio muito feliz porque se concretizou um sonho", referiu.
Em declarações aos jornalistas, disse: "Foi um momento único. Na vida de todos nós não teremos muitas hipóteses de voltar a ter o Papa Francisco entre nós. Todos os Papas são especiais, mas este é muito especial [...]. E, por outro lado, uma próxima JMJ será noutro continente, vai rodar até voltar à Europa, o que demorará quase uma década. E a Portugal não volta certamente".
O chefe de Estado mostrou-se ainda impressionado por este momento inicial do evento. "Impressionante pelo ambiente. Impressionante pelo calor português. Impressionante por se concretizar nestes tempos de guerra, que não são, propriamente, tempos de paz, concórdia, tolerância e de viagem fácil entre continentes", elaborou.
Questionado sobre a homilia, o chefe de Estado considerou que "foi a mensagem certa", pegando "nas palavras do Evangelho e no lema da Jornada".
E elaborou: "Foi, no fundo, dizer que o dever de qualquer pessoa [...] é, realmente, estar ao serviço dos outros".
Sobre a necessidade de ser feita uma reflexão sobre a realidade da Igreja nesta JMJ, Marcelo Rebelo de Sousa referiu que "o partir e ir ao encontro dos outros significa, permanentemente, estar em reflexão", lembrando ainda que "todas as instituições são chamadas a desafios constantes".
"A JMJ é um momento para reflexão sobre a Europa, o mundo, a guerra e a paz, e sobre o desafio de cada uma das Igrejas em si mesmas, dos cristãos e, em geral, dos seres humanos, perante um mundo tão diferente e difícil, que vive um momento tão complicado", referiu ainda o Presidente da República.
E teceu algumas considerações sobre o que os crentes podem esperar acerca da participação do Cardeal Patriarca de Lisboa nas restantes cerimónias desta Jornada: "Penso que, na receção ao Papa, D. Manuel Clemente terá de dizer umas palavras aqui, no Parque Eduardo VII. Não será uma homilia numa celebração, uma missa, mas será a receção".
E acrescentou: "E depois, provavelmente, na missa de domingo, que será uma concelebração, ele estará presente, com o Papa, cardeais e bispos de todos os pontos do mundo".
Importa lembrar que a JMJ começou oficialmente esta terça-feira, dia 1 de agosto, decorrendo até dia 6. Considerado o maior evento da Igreja Católica, é esperada uma afluência de cerca de 1,5 milhões de pessoas, bem como a participação do Sumo Pontífice, o Papa Francisco, que chega a Portugal na quarta-feira.
As jornadas nasceram por iniciativa do Papa João Paulo II, na sequência de um primeiro encontro desta natureza promovido em Roma, em 1985, por ocasião da celebração do Ano Internacional da Juventude.
As principais cerimónias desta jornada decorrerão no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, embora também estejam marcados eventos noutras localizações - nomeadamente, no Parque Eduardo VII, em Belém e em Algés.
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