A "Igreja de todos" e o papamóvel. O que marcou o 3.º dia de JMJ

Milhares de jovens na cerimónia de acolhimento e a morte de uma peregrina francesa marcaram hoje o segundo dia da visita do Papa a Portugal, durante o qual garantiu que "na Igreja há espaço para todos".

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© Miguel A. Lopes - Pool/Getty Images

Lusa
03/08/2023 20:39 ‧ 03/08/2023 por Lusa

País

JMJ2023

O ponto alto do dia ocorreu durante a tarde, com milhares de jovens, de mais de 180 países, a encherem o Parque Eduardo VII, rebatizado de Colina do Encontro, para assistirem à cerimónia de Acolhimento da Jornada Mundial da Juventude (JMJ).

Dirigindo-se aos jovens, o Papa Francisco disse que, "na Igreja, nenhum sobra, nenhum está a mais", e pediu-lhes para não se deixarem enganar pelas ilusões do mundo virtual.

Segundo a Santa Sé, meio milhão de pessoas concentraram-se no Parque Eduardo VII, em Lisboa, com a enchente a chegar até ao Marquês de Pombal e zonas limítrofes.

Francisco foi recebido no Parque Eduardo VII em euforia, naquela que foi a primeira vez que, nesta JMJ, usou o papamóvel (carro descapotável), num percurso que incluiu a Avenida da Liberdade.

O dia foi abalado pela morte da peregrina francesa que sofreu um acidente no local onde estava acolhida, tendo o Papa celebrado uma missa na Nunciatura Apostólica, em Lisboa, com a presença de familiares da vítima.

No mesmo local, o líder da Igreja Católica encontrou-se com um grupo de jovens peregrinos da Ucrânia, ouviu as suas histórias e dirigiu-lhes algumas palavras para expressar a sua proximidade, na dor e na oração.

A primeira iniciativa pública do segundo dia de deslocação a Portugal teve lugar na Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa, onde Francisco contactou vários estudantes universitários e alertou para a "urgência dramática de cuidar da casa comum".

Nesta ocasião, a reitora da Universidade Católica Portuguesa anunciou a criação da cátedra "Economia de Francisco e Clara".

Posteriormente, o Papa esteve na 'Scholas Occurrentes', em Cascais, onde assinou uma bola de trapos e regou uma oliveira, símbolos da instituição, que fundou há mais de 20 anos em Buenos Aires.

Aos jovens do programa 'Scholas Occurrentes', o líder da Igreja Católica disse que uma vida sem crises é assética e sem sabor, e que só juntos estas crises se ultrapassam.

Mais de um milhão de pessoas são esperadas em Lisboa até domingo para a JMJ, considerado o maior acontecimento da Igreja Católica.

Leia Também: Segundo dia da visita do Papa marcado por encontro com jovens. As imagens

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