Jimena é uma das milhares de jovens que participaram na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que decorreu em Lisboa entre os dias 1 e 6 de agosto, mas está nas bocas do mundo por ter, alegadamente, recuperado a visão durante uma peregrinação a Fátima. Ao ACI Prensa, o pai contou que a jovem espanhola "não quer protagonismo" e que o 'milagre' foi um "presente da Virgem Maria para a JMJ". 

"O foco tem de ser a JMJ, pois acredito que este é um presente da Virgem Maria para a JMJ", afirmou.

"Penso que parte da beleza de um milagre é que não é exclusivo de uma pessoa ou de uma família, mas que é tão grande quanto possível. E, nesse sentido, também já saiu das nossas mãos. Já ultrapassou fronteiras", observou. 

A jovem espanhola, de 16 anos, que perdeu a visão há cerca de dois anos, terá ficado curada no passado sábado, dia 5 de agosto, após receber a Sagrada Comunhão, em Fátima, e rezar uma novena à Nossa Senhora das Neves, cuja festa se celebrava naquele dia.

O homem contou que recebeu a novidade através da própria filha, que lhe ligou a chorar. "Praticamente não falámos, ela estava a chorar. Só dizia 'eu vejo, eu vejo'", recordou, acrescentando que tal aconteceu numa altura em que Jimena começara a duvidar da sua própria fé.

"Ela confessou-se antes de ir à missa. Estava muito entusiasmada, sentia algo de especial. Depois foi à comunhão. Tinha medo de abrir os olhos porque pensava: 'Se não ficar curada, não tenho fé'. Abriu os olhos e começou a ver tudo. Depois começou a chorar e apercebeu-se que os seus amigos estavam dois anos e meio mais velhos", contou ao ACI Prensa.

Jovem peregrina espanhola diz ter recuperado visão durante a JMJ

Miopia deixou-a sem ver há dois anos. Depois de rezar à Senhora das Neves, Jimena diz ter recuperado visão.

Notícias ao Minuto | 08:52 - 07/08/2023

Jimena sofria de "espasmo de acomodação", que se trata de "um bloqueio das funções oculares, que é mais ou menos normal nas raparigas desta idade com um número de 2 dioptrias", explicou o pai. No caso da jovem espanhola "variava entre 8 a 16 dioptrias".

"Ela não conseguia ver porque não conseguia focar. A convergência dos seus olhos não funcionava, era algo que os próprios médicos descreviam como inexplicável", acrescentou.

Agora, a família irá reunir–se com a equipa médica que tem tratado Jimena "para encerrar este episódio, para que a possam observar e tirar as suas próprias conclusões". 

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