Falando aos jornalistas no final da 14.ª Conferência de chefes de Estado e de Governo da CPLP, que decorreu hoje em São Tomé, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que esta decisão "tem toda a lógica".
"A Guiné-Bissau vai ser o primeiro Estado a comemorar os 50 anos da sua independência, este ano, em novembro. Faz todo o sentido que também tenha essa grande oportunidade que é celebrar não o passado, mas projetá-lo para o futuro", afirmou.
O chefe de Estado assinalou que a presidência da Guiné-Bissau, entre 2025 e 2027, sucedendo a São Tomé e Príncipe, vai coincidir com os 30 anos da CPLP.
"É a tal oportunidade de a Guiné-Bissau entrar neste salto qualitativo que importa, sobretudo, à juventude, mas importa a toda a gente", defendeu, salientando que "o que interessa é que a CPLP valha para o futuro e não valha por aquilo que já fez no passado".
Questionado sobre se a decisão foi consensual entre todos os países, Marcelo Rebelo de Sousa indicou que "foi uma decisão muito simples".
O Presidente da República assinalou que na última cimeira, em Luanda, tinha sido escolhido São Tomé, mas o país "ia ter eleições, era preciso as novas autoridades confirmarem".
Colocando-se a questão "se não for São Tomé e Príncipe, quem poderá ser", surgiu "logo a ideia da Guiné-Bissau", continuou.
Como São Tomé acabou por assumir a presidência, que arrancou hoje, "de imediato ficou claro, decorrendo do que se tinha falado em Luanda, que a seguir a São Tomé e Príncipe, ia ser a Guiné-Bissau, e é o que vai acontecer", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.
A Guiné-Bissau vai assumir a próxima presidência rotativa da CPLP no mandato entre 2025 e 2027, sucedendo a São Tomé e Príncipe, foi hoje anunciado.
No sábado, em declarações à Lusa, o ministro das Relações Exteriores equato-guineense, Simeón Esono Angue, manifestou a intenção de o seu país presidir à CPLP.
No mesmo dia, o primeiro-ministro português, António Costa, fez escala técnica na Guiné-Bissau, a caminho de São Tomé e Príncipe, e expressou o apoio de Lisboa à presidência da Guiné-Bissau, que foi admitida pelo homólogo guineense, Geraldo Martins.
À chegada a São Tomé, também no sábado, o chefe de Estado português já tinha defendido que deveria ser Bissau a assumir a liderança da organização.
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