"Vamos chegar aos 90% (..). Não há motivo nenhum para as pessoas desmobilizarem. Pelo contrário, as pessoas estão cada vez mais revoltadas de não nos ligarem nenhuma", disse à Lusa Henrique Reguengo, presidente do Sindicato Nacional dos Farmacêuticos (SNF), que convocou a greve.
Os farmacêuticos do SNS voltaram hoje à greve, desta vez de âmbito nacional, depois das paralisações distritais que fizeram a 05 e 12 deste mês, na tentativa de forçar um "processo negocial sério" com a tutela.
De manhã, dezenas de farmacêuticos do SNS concentraram-se em frente ao Ministério da Saúde, em Lisboa, onde fizeram uma pequena marcha empunhando diversos cartazes, uma faixa onde se lia "Farmacêuticos do SNS em luta! Pela saúde de todos!" e gritando frases como "Pizarro escuta, os farmacêuticos estão em luta".
O SNF contesta o facto de o Ministério da Saúde se manter em silêncio, sem manifestar qualquer intenção de "iniciar um processo negocial sério".
Em janeiro realizou-se uma reunião entre as duas partes que o sindicato considerou uma "absoluta desilusão" e os encontros posteriores terminaram sem avanços significativos.
O último pré-aviso de greve, entregue em julho, incluía paralisações nacionais (24 de julho e 19 de setembro) e distritais (05 e 12 de setembro).
Entre as reivindicações do SNF constam a atualização das grelhas salariais, a contagem integral do tempo de serviço no SNS para a promoção e progressão na carreira, a adequação do número de farmacêuticos às necessidades do serviço público e o reconhecimento por parte do Ministério da Saúde do título de especialista.
No dia 26 é assinalado o Dia do Farmacêutico, com uma cerimónia no Porto. Questionado pela Lusa, Henrique Reguengo afirmou: "Seria bom se o ministro chegasse lá com uma abertura para negociar as coisas seriamente", afirmou Henrique Reguengo.
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