Pizarro sente "muita tristeza" por nem todos terem médico de família

O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, apelou ainda aos portugueses que "adiram à campanha de vacinação" para a gripe e para a Covid-19, que inicia já na próxima sexta-feira.

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Daniela Carrilho
25/09/2023 12:41 ‧ 25/09/2023 por Daniela Carrilho

País

Saúde

O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, lamentou esta segunda-feira que "cada português" não tenha o seu médico de família, contudo, ressalvou que mais de 90% dos jovens médicos especialistas "ficaram no Sistema Nacional de Saúde (SNS)".

"No concurso de maio, mais de 90% dos jovens especialistas ficaram no SNS, mas a verdade é que não compensa a saída de muitos profissionais que estão a reformar-se agora", começa por dizer o ministro da Saúde em declarações aos jornalistas, à margem da inauguração de um centro de saúde em Anadia.

"Vejo sempre com muita tristeza de não sermos capazes de fazer com que cada português tenha um médico de saúde geral e familiar", lamenta Pizarro.

Questionado sobre as críticas da oposição, que referem que é lamentável que o ministro só se tenha dado conta dos problemas dos centros de saúde pelo país oito anos depois do início da governação, o responsável pela pasta da saúde destaca que "o esforço de recuperação não começou agora" e que "em cada ano foram admitidos 500 novos jovens médicos na especialidade de medicina geral e familiar".

Sobre o início da vacinação para a gripe e para a Covid-19, que começa na próxima sexta-feira, o ministro garante que "está tudo a postos" e apela "aos portugueses e às portuguesas que adiram à campanha de vacinação", como sempre fizeram.

"Fizemos um grande esforço para tornar a vida dos cidadãos mais simples, por isso, este ano a vacinação ocorrerá não só nos centros de saúde, regressando em força ao SNS, mas ocorrerá na grande maioria das farmácias. Ninguém tem desculpa para não se vacinar, porque não lhe dá jeito. Todas as pessoas com mais de 60 anos têm indicação para fazer as duas vacinas, gratuitas", ressalva Pizarro, assumindo que "vai haver vacinas para toda a gente", mas que "nos primeiros dias" se poderá sentir "algumas dificuldades porque não recebemos logo as vacinas todas".

Sobre a nova medida, em vigor a partir de hoje, que os idosos com baixos recursos financeiros vão ter direito a medicamentos comparticipados na hora, o ministro salienta que "é uma atitude de desburocratização e de humanização", referindo que os idosos que recebem o Complemento Solidário para Idosos (CSI) já tinham direito ao desconto, porém não era imediato.

Leia Também: Parlamento aprova audição de Pizarro sobre obstáculos no acesso ao aborto

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