Controlado fogo nos Pavilhões do Parque das Caldas da Rainha

O incêndio que deflagrou esta tarde numa das alas dos Pavilhões do Parque, nas Caldas da Rainha, já está em fase de resolução e os danos foram circunscritos ao sótão e telhado, informou a Câmara.

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Lusa
25/09/2023 19:15 ‧ 25/09/2023 por Lusa

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Fogo

"Neste momento já não há chamas e o que ardeu foi mesmo o sótão que tinha um emadeiramento com mais de 100 anos e o edifício ficou sem telhado", disse à agência Lusa o presidente da Câmara das Caldas da Rainha, Vítor Marques (independente).

As chamas deflagraram às 16:40, numa das alas do bloco central dos Pavilhões do Parque D. Carlos I, no edifício localizado junto à antiga casa da Cultura e ao Céu de Vidro.

"O chão também era todo em madeira, não se sabe ainda se ardeu, mas já se sabe que o fogo não passou para os pisos de baixo, nem em que condições é que estes possam estar", acrescentou o presidente, vincado que "o fogo foi circunscrito a esta ala" não se tendo propagado para as outras e restantes pavilhões do conjunto centenário.

Vítor Marques disse à Lusa que "a situação vai ser acompanhada e terá que haver uma perícia técnica" para avaliar em que condições ficaram os edifícios centenários, que integram o património termal, propriedade do Estado e concessionado à Câmara no final de 2015.

Em 2017, os pavilhões foram concessionados pela autarquia à Visabeira que ali deverá construir um hotel de cinco estrelas.

"Olhando à vista desarmada, a única coisa que não tem é o telhado, tudo o resto se mantém", disse o autarca, considerando que o fogo não deverá inviabilizar o projeto.

O fogo deflagrou às 16:40 e, segundo o comandante operacional de sala do Comando sub-regional do Oeste, Micael Pereira, foi combatido por 43 homens, apoiados por 14 veículos.

De acordo com o mesmo responsável, apesar de os pavilhões se localizarem na zona histórica das Caldas da Rainha, "não houve casas em risco".

Os Pavilhões do Parque foram projetados nos finais do século XIX por Rodrigo Berquó para serem o novo hospital D. Carlos I.

O projeto previa a construção de sete pavilhões, destinados a enfermarias, uma galeria com 55 metros de comprimento e instalações sanitárias.

Berquó morreu antes da conclusão do projeto e os pavilhões nunca chegaram a chegaram a cumprir essa função, tendo servido, durante mais de 100 anos, para albergar um quartel militar, uma esquadra da polícia e uma escola secundária.

Atualmente estão desativados.

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