Depois de críticas à realização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) em Lisboa e às touradas no Campo Pequeno, o artista plástico Bordalo II voltou ao 'ataque'. Desta vez o alvo foi a (falta de) habitação no país.
Nas redes sociais, o artista português divulgou várias imagens dos seus protestos em diferentes pontos de Lisboa, onde critica o excesso de alojamentos locais e a falta de habitação para os portugueses, considerando que "o problema é a ganância do privado versus a incompetência do Estado".
"Não critico turistas, estrangeiros e muito menos imigrantes, mas sim a falta de medidas que consigam equilibrar a balança e parar de expulsar as pessoas que realmente vivem nas cidades, transformando-as em gigantes parques de diversão sem alma", justificou.
Bordalo II considerou ser "urgente regular a loucura da especulação que retira a dignidade a uns para encher os bolsos a outros".
"Em Portugal, em 2023 há pessoas que se levantam todos os dias para trabalhar 8 ou mais horas e chegam ao final do mês sem sequer conseguir pagar uma casa onde viver", lamentou.
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No seu mais recente protesto, intitulado 'Desalojamento local', Bordalo II criou a "Rua Angústia", com tendas pintadas de casas a ocuparem o Miradouro de São Pedro de Alcântara, em Lisboa. A praça do Príncipe Real passou a chamar "Place du Prince Royal" e a Rua de Campo de Ourique "Rue Champ de D'ouris". Já as placas de localizações apenas indicam para hotéis, hostels e postos de turismo.
No Instagram, Bordalo II apelou ainda aos seus seguidores para se juntarem à manifestação 'Casa para viver' - 'Planeta para habitar', que decorre no sábado, "para defender um direito que é de todos".
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