O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, esteve presente no arranque da campanha de vacinação numa farmácia em São Domingos de Rana, em Cascais, destacando que o objetivo do Governo "foi propiciar uma experiência mais simples, mais próxima do local onde habitam e mais conveniente para os utentes".
"Felizmente fomos capazes de adquirir para todos os portugueses que têm indicação para a vacina a quantidade de vacinas necessárias. E mais: vacinas da gripe e da Covid-19 adaptadas às novas estirpes. Isso garante que os portugueses que se vacinarem têm um grande nível de proteção contra a doença mas, sobretudo, proteção contra a doença grave", começou por dizer Manuel Pizarro em declarações aos jornalistas.
A parceria com as farmácias, destaca o ministro da Saúde, "não é algo tão habitual no nosso país", mas é um "esforço conjunto", mostrando que "todos estão a remar para o mesmo lado".
Para o Governo, fez "sentido criar um plano alternativo" na vacinação, aproveitando o "plano de farmácias" portuguesas para "propiciar uma experiência que fosse mais simples para os utentes, mais próxima do local onde habitam e mais conveniente".
"O nosso alvo são 2,5 milhões de portugueses. Um pouco mais de dois milhões com mais de 60 anos e depois portugueses mais novos que têm indicação de saúde para fazer a vacinação", afirma o responsável, acrescentando que são "3.500 postos de vacinação num país com 10 milhões de habitantes", número que Pizarro considera "impressionante".
O ministro apela aos portugueses para usarem "a rede de vacinação sem angústia".
Antes da intervenção do ministro da Saúde, o diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS), Fernando Araújo, afirmou que esta é "a maior rede de vacinação em Saúde Pública de sempre com 3.500 pontos [de vacinação]", na qual vão ser "administradas quase cinco milhões de vacinas em cerca de 10 semanas", um plano "ambicioso", mas que tem a certeza" que será cumprido.
Fernando Araújo agradeceu Pizarro por "ter permitido a campanha, dando condições para executá-la".
"Estava na altura certa de voltarmos a integrar a gestão da vacinação no SNS e na DGS, em particular, e conseguirmos este propósito de aumentarmos a vacinação e adesão num sistema altamente complexo e exigente", acrescentou.
Fernando Araújo terminou as suas declarações agradecendo aos que contribuíram pela campanha montada que "vai seguramente contribuir para a uma maior capacidade de adesão dos portugueses ao objetivo da vacinação: defender-se a si próprios e aos outros".
Recorde que a campanha de vacinação contra a gripe e a Covid-19 arranca esta sexta-feira em cerca de 1.000 centros de saúde e 2.500 farmácias, sendo o objetivo deste ano o de vacinar 2,5 milhões de pessoas.
Todos aqueles que têm 60 anos ou mais poderão dirigir-se livremente às farmácias comunitárias para receber as vacinas gratuitamente.
Os restantes utentes, com indicação para vacinação, seguindo as recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS), serão convocados pelos respetivos centros de saúde do Serviço Nacional de Saúde (SNS) onde estão inscritos", refere a Direção Executiva do SNS.
Pela primeira vez as farmácias vão poder vacinar contra a Covid-19. Segundo a Ordem dos Farmacêuticos, há perto de 6.000 farmacêuticos habilitados para o fazer.
[Notícia atualizada às 09h25]
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