Aumento de cibercrimes? Saiba quais foram os mais frequentes este ano
De todas as denúncias feitas, o phishing continua a ser o fenómeno mais frequente.
© Reuters
Tech Cibercrime
Portugal verificou na primeira metade deste ano um aumento de 59,97% de denúncias de cibercrimes face ao mesmo período em 2022. De todas as denúncias feitas, o phishing continua a ser o fenómeno mais frequente.
Das 1.363 denúncias feitas nos primeiros seis meses do ano, 202 são referentes a crimes de 'phishing', cujo objetivo é roubar os dados dos cartões bancários de débito das vítimas. Nos últimos tempos, de acordo com um relatório divulgado pelo Ministério Público (MP), o alvo dos autores deste tipo de crime passaram a ser os cartões de crédito. O MP explica que esta mudança se deve às medidas de segurança de acesso a contas bancárias, nomeadamente aos vários fatores de autenticação.
As burlas em negócios online são outros dos cibercrimes cada vez mais frequentes e que têm vindo a provocar "prejuízo económico aos portugueses". Dentro deste grupo, podemos destacar aquelas que são feitas nas redes sociais, como o Facebook e Instagram. Na maior parte dos casos, as vítimas compram artigos que, na realidade, nunca são enviados.
As burlas no mercado imobiliário também se destacam no universo dos negócios online. Na maioria dos casos, estas burlas são propostas falsas de arrendamento de casas. As principais vítimas destes casos são estudantes universitários, quando procuram casa para viver na altura em que ingressam no ensino superior.
O caso das burlas com criptoativos são também cada vez mais frequentes e têm "provocado prejuízos patrimoniais muitíssimo avultados", refere o relatório do MP. As vítimas acabam por fazer investimentos em páginas que prometem lucros rápidos e avultados e nunca obtêm o retorno financeira, já que o investimento não chega a ser feito.
Há ainda as burlas através de páginas falsas, onde se vendem diferentes artigos. No entanto, apesar de as plataformas serem muitas das vezes idênticas às originais, estas não existem e o cliente acaba por pagar por um artigo que nunca vai receber.
O Ministério Público destaca ainda o uso de plataformas de pagamento, como o MBWay, em cibercrimes. Nestes casos, o procedimento é mais "complexo e sofisticado". Na maioria das situações, é o próprio vendedor de um artigo que acaba por ser a vítima, quando faz pagamentos aos autores do crime, mesmo sabendo que está a vender um artigo e não a comprá-lo.
Leia Também: Combate ao cibercrime resulta em 14 detidos numa operação em África
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com