Acusados de agressões a jovem junto a discoteca em Fafe conhecem acórdão

Os três arguidos acusados de tentativa de homicídio de um jovem, agredido com violência junto a uma discoteca em Fafe, no distrito de Braga, em maio de 2022, conhecem hoje o acórdão no Tribunal de Guimarães.

Notícia

© Global Imagens

Lusa
13/10/2023 06:48 ‧ 13/10/2023 por Lusa

País

Tribunal de Guimarães

A leitura do acórdão está agendada para as 09h15, após dois adiamentos, um por causa da greve dos funcionários judiciais, outro devido à alteração não substancial dos factos, comunicada pela presidente do coletivo de juízes.

Inicialmente, o processo contava com seis arguidos, cinco homens e uma mulher, com idades entre os 20 e os 36 anos, mas na primeira audiência o tribunal separou três dos arguidos: um porque ainda estava foragido, a mulher e um homem porque não compareceram em tribunal e encontram-se em parte incerta.

O processo principal ficou então com dois arguidos em prisão preventiva e um em liberdade, mas proibido de sair do país, acusados pela coautoria de homicídio qualificado, na forma tentada, e por vários crimes de ofensas à integridade física qualificada.

O suspeito que havia fugido para os Países Baixos foi, entretanto, detido em Lisboa e será julgado à parte.

Nas alegações finais, realizadas em 11 de julho, o Ministério Público (MP) pediu penas exemplares para os arguidos.

"Face à gravidade dos factos, a pena tem de ser um exemplo para os demais cidadãos, nomeadamente para os jovens, [para que percebam] que estes factos são severamente punidos e que não podem acontecer. Não há justificação", declarou a procuradora do MP, defendendo uma condenação efetiva dos arguidos, acima do mínimo previsto na moldura penal.

Segundo o MP, após os factos, dois dos elementos do grupo que agrediu com violência um jovem de 24 anos junto à discoteca Mamma Mia, em S. Gens, Fafe, na madrugada de 29 de maio de 2022, colocaram-se em fuga para o Brasil e para os Países Baixos.

A procuradora lembrou que, quando a vítima saiu da discoteca, "os arguidos já estavam à sua espera e começaram as agressões", acrescentando que, em nenhuma fase do processo, houve qualquer tipo de confissão ou arrependimento por parte dos arguidos.

O MP sustenta na acusação que, "em consequência direta e necessária da conduta" dos arguidos, a vítima "sofreu um traumatismo cranioencefálico e um traumatismo maxilofacial, ambos graves, tendo sido submetida a cirurgia de urgência, na especialidade de neurocirurgia, e colocada em situação de coma induzido".

O jovem esteve mais de quatro meses para recuperar das lesões, mas ficou com sequelas como uma "cicatriz permanente".

Os advogados dos arguidos pediram, por seu lado, a alteração da qualificação jurídica do crime de homicídio na forma tentada para ofensas à integridade física, acusando o tribunal de querer "colocar todos no mesmo saco, como se estivessem a ser julgados por associação criminosa".

Leia Também: Adiado acórdão do processo das agressões a jovem junto a discoteca em Fafe

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas