Câmara de Lisboa forneceu combustível para geradores de hospitais

O presidente da Câmara de Lisboa disse esta terça-feira que o plano de emergência municipal funcionou em termos de comunicações na segunda-feira e que a autarquia assegurou combustível para geradores de hospitais da cidade, após um pedido do Governo.

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© Flickr PSD

Lusa
29/04/2025 13:36 ‧ há 4 horas por Lusa

País

Apagão

Carlos Moedas falava hoje nos Paços do Concelho para um balanço do corte de eletricidade total que afetou, na segunda-feira, a Península Ibérica e parte do território francês, tendo o operador de rede de distribuição de eletricidade E-Redes garantido hoje de manhã que o serviço está totalmente reposto e normalizado.

 

Foi realizado primeiro um contacto "diretamente através dos hospitais por volta das 15h00, 16h00", mas depois Carlos Moedas recebeu um telefonema dos ministros Adjunto e da Coesão Territorial, Castro Almeida, e da Economia, Pedro Reis, sobre os combustíveis e as unidades de saúde.

"Nós sabíamos que era prioritário [...]. Na cidade - e mesmo a nível europeu - temos grandes reservas, seja de água, seja de combustível, e, portanto [...] temos aqui uma grande responsabilidade acrescida e fizemos, em nome, neste caso do Governo, o que muitas outras instituições também no país fizeram", explicou.

De acordo com o social-democrata, nas ruas de Lisboa estiveram na segunda-feira 300 operacionais do Regimento de Sapadores Bombeiros, da Polícia Municipal, da Proteção Civil, dos Bombeiros Voluntários e funcionários das juntas de freguesia em ações de apoio à população.

O presidente da câmara avançou ainda que foram resolvidas "quase 200 ocorrências na cidade" diretamente relacionadas com o apagão.

"Muitas destas ocorrências foram de pessoas que ficaram fechadas em elevadores e isso foi resolvido durante a tarde, as pessoas estiveram com ajuda desde a primeira hora e foi resolvido", salientou, referindo que nenhuma causou vítimas.

De acordo com Carlos Moedas, foram recebidos "diversos pedidos de combustível para alimentação de geradores de unidades hospitalares", tendo sido fornecidos "mais de 3.500 litros" a diversas estruturas hospitalares, como São Francisco Xavier, São José, de Dona Estefânia, Capuchos, Curry Cabral, Maternidade Alfredo da Costa, Instituto do Sangue, SAMS, Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa e um Centro de Hemodiálise.

Carlos Moedas recordou as cheias de 2022, e a necessidade de vários serviços da cidade atuarem em situação de emergência, frisando que foram os ensinamentos trazidos dessa experiência que fez na segunda-feira "cada um saber qual era o seu papel" e saber para onde se tinha de dirigir.

"Na altura, com as equipas, decidimos iniciar algo de muito diferente, um Centro de Operações e de Emergência em Monsanto, esse centro foi aquilo que desta vez respondeu imediatamente. Nós sabíamos todos aquilo que tínhamos de fazer. Eu, como presidente da Câmara, sabia que tinha de me meter no carro e tentar chegar a Monsanto", contou.

No local, acrescentou, "já estava o Regimento de Sapadores Bombeiros e a Proteção Civil e a Polícia Municipal estava a caminho. Com cada uma destas crises, de facto, e temos vivido momentos difíceis, vamos sempre melhorando aquilo que é o trabalho da câmara", disse.

Questionado sobre ter sido considerada a ativação do plano de emergência ou da situação de alerta, Carlos Moedas respondeu que esteve "sempre tudo sob controlo", porque havia o Centro de Operações de Emergência e, como tal, "o plano interno de emergência funcionou desde a primeira hora".

"A partir daí, estava resolvido, dependendo do tempo. Nós não sabíamos se isto ia demorar um dia, se ia demorar horas e aí poderíamos ter de ter algum alerta municipal ou algum outro plano, mas o plano que temos funcionou e eu penso que isso pode dar muita segurança aos lisboetas", frisou.

Carlos Moedas não deixou de agradecer a todos os trabalhadores da Câmara Municipal, das juntas de freguesia e a todos os operacionais que estiveram na rua, desde bombeiros, proteção civil municipal, polícia municipal e trabalhadores da Carris.

"Fomos nós, Câmara Municipal de Lisboa, que conseguimos garantir o transporte dos lisboetas. Eu penso que a Carris teve aqui um papel incrível, porque sem a Carris os lisboetas não tinham sido transportados", disse Carlos Moedas, lembrando ter dado ordem para que fosse gratuita a entrada nos autocarros para as pessoas "poderem entrar sem terem preocupação".

O autarca lembrou também o trabalho encetado com os seus congéneres dos municípios que circundam Lisboa, com quem esteve sempre em contacto, nomeadamente Ricardo Leão, de Loures, Isaltino Morais, de Oeiras, e Carlos Carreiras, de Cascais.

Carlos Moedas disse que, ao início da madrugada, o Túnel do Marquês e o Túnel João XXI, que tinham sido fechados por questões de segurança, foram reabertos.

Já a rede dos semáforos "estava mais ou menos na sua totalidade [a funcionar] por volta das três da manhã" e hoje, segundo Carlos Moedas, "a cidade levantou-se com toda a normalidade, ou seja, as escolas e os mercados municipais a funcionar, [bem como] a (...) ação social".

[Notícia atualizada às 15h42]

Leia Também: SIRESP continua com dificuldades na PSP, bombeiros e INEM após apagão

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