Denunciando o que considera ser a "total inércia" do executivo e a ausência de negociações com o Sindicato Nacional dos Farmacêuticos, o movimento entregou uma petição à Provedoria de Justiça com mais de 700 assinaturas e lembrou a apresentação da anterior petição na Assembleia da República, em setembro, com mais de 9.000 subscritores.
"Sentimos que os farmacêuticos do setor público estão a ser discriminados quando comparados com os outros profissionais de saúde com os quais colaboram diariamente na sua vida hospitalar, ao não terem o justo reconhecimento da dignidade e do valor da sua atividade profissional", referiu o movimento no documento.
Entre as principais reivindicações da classe farmacêutica do SNS estão a falta de atualização da tabela remuneratória desde 1999, a não contagem integral do tempo de serviço para promoção e progressão na carreira, o número insuficiente de profissionais, a precariedade, a promoção da desigualdade entre farmacêuticos e o não reconhecimento dos títulos de especialistas atribuídos pela Ordem dos Farmacêuticos para integração nas carreiras farmacêuticas públicas.
Segundo o movimento, a atual situação dos farmacêuticos no serviço público de saúde exige a "atenção e rápida intervenção" de Maria Lúcia Amaral junto do Governo.
"O prolongar das injustiças descritas prejudica não só os farmacêuticos a exercer funções em instituições nacionais e regionais tuteladas pela Administração Pública, como também a qualidade dos serviços prestados aos utentes do serviço público de saúde", pode ler-se ainda na petição "Pela intervenção da Provedora da Justiça na Resolução dos Problemas dos Farmacêuticos do SNS".
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