Na sequência das condições atmosféricas adversas previstas para os próximos - que incluem "precipitação", "vento" e "agitação marítima" -, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) recorda que o impacto destes efeitos meteorológicos "pode ser minimizado", sobretudo com a "adoção de comportamentos" adequados.

A ANEPC recomenda a "adoção das principais medidas preventivas para estas situações", em particular, "nas zonas historicamente mais vulneráveis", nomeadamente no que diz respeito a:

• "Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais;
• Retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas;
• Garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas;
• Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte;
• Ter especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas mais vulneráveis a galgamentos costeiros, evitando a circulação e permanência nestes locais;
• Não praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de veículos muito próximos da orla marítima;
• Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível formação de lençóis de água nas vias;
• Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;
• Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e forças de segurança". 

Até ao final da manhã de sábado, dia 21 de outubro, espera-se "precipitação em regime de aguaceiros", com mais intensidade sentida nas regiões do litoral Norte e Centro".

A situação sofre um "agravamento no domingo", em especial "nas regiões Centro e Sul, a partir da tarde", sentindo-se aguaceiros, por vezes fortes - com rajadas que podem chegar aos 70/80 quilómetros por hora - e acompanhados de trovoada. Há ainda possibilidade de "agitação marítima forte, com ondas acima de sete metros".

Estes episódios podem estar associados, segundo a ANEPC, "à ocorrência de inundações em zonas urbanas" e "de cheias, potenciadas pelo transbordo do leito de alguns cursos de água, rios e ribeiras", assim como "à instabilidade de vertentes" - que podem levar a deslizamentos e derrocadas - "à contaminação de fontes de água potável" e "ao arrastamento de objetos soltos ou ao desprendimento de estruturas móveis" que "podem causar acidentes com veículos em circulação ou transeuntes na via pública".

De recordar que a Proteção Civil registou entre as 22h00 de quinta-feira e as 07h00 de hoje 131 ocorrências relacionadas com o mau tempo, a maioria em Lisboa e na Área Metropolitana do Porto, sem causar vítimas nem danos avultados.

Em declarações à agência Lusa, o comandante Elísio Pereira, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), adiantou que naquele período foram registadas em todo o país 131 ocorrências, das quais 51 em Lisboa e 26 na Área Metropolitana do Porto. 

"Foi uma noite bem mais calma. Tivemos 131 ocorrências em todo o território do continente relacionadas sobretudo com inundações, quedas de árvores e de estruturas. Não há vítimas a registar nem danos avultados", indicou.  

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