'Caos' nas urgências? Eis as 6 propostas que a LBP apresentou a Pizarro

A Liga dos bombeiros Portugueses elaborou um conjunto de seis medidas com o objetivo de "minimizar a situação que se está a agravar de dia para dia” nas urgências hospitalares e o socorro pré-hospitalar".

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Notícias ao Minuto com Lusa
03/11/2023 19:28 ‧ 03/11/2023 por Notícias ao Minuto com Lusa

País

Bombeiros

A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) propôs ao ministro da Saúde, Manuel Pizarro, medidas "concretas, imediatas e excecionais" que têm o objetivo de minimizar " o que está a ocorrer com as urgências hospitalares e o socorro pré-hospitalar".

Numa publicação partilhada no Facebook esta sexta-feira, a entidade refere que foram propostas seis medidas neste âmbito, não detalhando quando estas propostas foram apresentadas. Umas horas antes, no entanto, a LBP fazia uma publicação na qual dava conta de que tinha comunicado hoje com o responsável pela pasta. Nessa primeira publicação, a organização refere que avisou a pasta da Saúde que bombeiros "não serão responsabilizados".

"A Liga dos Bombeiros Portugueses informou hoje o ministro da Saúde, de que 'os Bombeiros, os Corpos de Bombeiros e as Associações Humanitárias de Bombeiros poderão, em caso algum, vir a ser responsabilizados pelo atraso no socorro, em particular, quando daí resulte grave prejuízo para um utente com necessidade de assistência por doença ou sinistro. Se tal vier a acontecer', reforça a LBP, 'esta participará judicialmente a ocorrência para que possam vir a ser apuradas responsabilidades'", lê-se na nota.

"Esta posição a LBP deu conhecimento ao Presidente da República (PR), Primeiro-Ministro (PM), Ministro da Administração Interna (MAI), Presidente da AR, Grupos Parlamentares e Deputados Únicos, Procuradoria Geral da República (PGR), Palácio da Justiça, Bastonários das ordens dos Médicos e Enfermeiros, Diretor do SNS, presidente do INEM, presidente da ANEPC e presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares", rematam. 

Quais as medidas propostas?

"A primeira medida é que o INEM promova, de imediato, o estabelecimento de mais 90 protocolos PEM (Posto de Emergência Médica) de reforço com as associações humanitárias de bombeiros (AHB)/corpos de bombeiros (CB), por um período de 90 dias", começam por escreverm.

Já em relação à segunda medida, a Liga pede que o INEM deve  promover a mobilização dos motociclos disponíveis nos bombeiros nas áreas urbanas, por forma a que gaja uma melhor prontidão de um meio de socorro junto de quem necessita de ser socorrido.

"A terceira medida propõe que os PR (Postos de Reserva) passem de imediato a PEM, garantindo uma maior disponibilização de meios de socorro diferenciados", lê-se.

A lista das proposta continua, defendendo a Liga na sua 4.ª proposta que "o INEM dê orientações ao CODU para acelerar o atendimento das equipas das ambulâncias de emergência (tipo B) e, informe com celeridade qual o hospital de referência a utilizar".

A 5.ª ideia é destinada à Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde, e os bombeiros referem que esta entidade deve promover "as diligências necessárias no sentido das ambulâncias serem libertadas das urgências hospitalares no mais curto período de tempo, concedendo prioridade, sendo que não pode ultrapassar uma hora".

"A sexta e última medida, aponta para que as ambulâncias tipo B dos corpos de bombeiros possam fazer altas hospitalares, depois de coordenado com o CODU, diminuindo os custos e os tempos de resposta por parte dos Bombeiros, com ganhos de escala e otimização de recursos, contribuindo em especial para libertar mais rapidamente camas de internamento e macas nos serviços de urgência", finalizam os responsáveis.

De acordo com a publicação, a LBP refere a necessidade de encontrar "em conjunto encontrar soluções temporárias para minimizar a situação que se está a agravar de dia para dia” - seja com estas ou outras medidas.

Mais de 30 hospitais de norte a sul do país estão a enfrentar constrangimentos e encerramentos temporários de serviços devido à dificuldade das administrações completarem as escalas de médicos.

Leia Também: SNS dá "resposta às necessidades" apesar dos "incómodos e necessidades"

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