Estudantes manifestam-se contra aumento do preço das refeições sociais

Várias dezenas de alunos da Universidade de Lisboa estão hoje concentrados em frente à "cantina velha" contra o aumento do preço da refeição social, exigindo a reposição do valor alterado em outubro.

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Lusa
16/11/2023 13:18 ‧ 16/11/2023 por Lusa

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Universidade de Lisboa

"Eu tenho fome, quero comer, mas na cantina não consigo. Com fome eu estou, com fome eu fico" é uma das cantigas entoadas pelos estudantes que exigem que o preço das refeições sociais volte a ser de 2,80 euros.

Em 1 de outubro, o preço subiu 20 cêntimos, para três euros, um valor que os estudantes dizem pesar na carteira ao final do mês, principalmente para quem faz todas as refeições diárias nas cantinas.

Em frente à "cantina velha", que tem assistido a um aumento de procura dos alunos por causa da inflação, os estudantes gritam hoje palavras de ordem como "ação, ação, ação social não existe em Portugal".

Para denunciar o que consideram ser 'más condições" nas cantinas, em parte devido à falta de funcionários, os estudantes gritam "um, dois, três, e há fila outra vez. Quatro, cinco seis, eles comem como reis e a gente traz de casa".

Os estudantes protestam também contra a falta de qualidade dos pratos, como um recente jantar de "restos do almoço, que era esparguete com pedaços de cenoura".

Mariana Metelo, membro da direção da Associação de Estudantes da Faculdade de Letras (AEFL) da UL, disse à Lusa que o aumento do preço das refeições "pode parecer insignificante, mas se multiplicarmos por todas as refeições, no final do mês, pesa muito na carteira dos estudantes".

"A refeição social faz parte da ação social indireta e está indexada ao IAS, que veio permitir que o teto máximo subisse para três euros. Mas na Universidade Nova de Lisboa, por exemplo, o preço manteve-se inalterado. Na UL os estudantes nem tiveram oportunidade de votar esta proposta", disse Mariana Metelo, explicando que os alunos da Nova votaram contra o aumento.

A inflação, em especial sentida nos alimentos vendidos no supermercado, levou mais alunos a optar pelas cantinas, apesar de o serviço e a qualidade das refeições nem sempre ser a melhor, segundo Mariana Metelo.

Leia Também: Estudantes concentraram-se em Lisboa para exigir combate sério ao assédio

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